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Ataques israelenses matam 47 palestinos no centro de Gaza, diz agência palestina

Palestinos verificam os danos após os ataques israelenses no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, em 1º de novembro de 2024 Imagem: EYAD BABA/AFP

Ali Sawafta;Clauda Tanios;

Em Ramallah e Dubai

01/11/2024 08h06Atualizada em 01/11/2024 09h14

Quarenta e sete palestinos foram mortos e dezenas ficaram feridos, a maioria deles crianças e mulheres, em bombardeios israelenses durante a noite na região central da Faixa de Gaza, informou a agência de notícias palestina WAFA nesta sexta-feira.

Os ataques ocorreram na cidade de Deir Al-Balah, no campo de Nuseirat e na cidade de Al-Zawayda, segundo a agência.

Os militares israelenses disseram que suas tropas identificaram e eliminaram "vários terroristas armados" no centro de Gaza e eliminaram "dezenas de terroristas" em ataques direcionados na área de Jabalia, no norte de Gaza.

A guerra de Gaza começou depois que militantes liderados pelo Hamas atacaram Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e levando 251 reféns para Gaza, de acordo com os registros israelenses.

O ataque subsequente de Israel a Gaza matou mais de 43.000 palestinos e reduziu a maior parte do enclave a escombros, segundo as autoridades palestinas.

Pelo menos 46 palestinos foram mortos em ataques militares israelenses em toda a Faixa de Gaza na quinta-feira, principalmente no norte, onde um ataque atingiu um hospital, incendiando suprimentos médicos e interrompendo as operações, disseram as autoridades de saúde do enclave.

Os militares israelenses acusaram o grupo militante palestino Hamas de usar o Hospital Kamal Adwan, em Beit Lahiya, para fins militares e disseram que "dezenas de terroristas" têm se escondido lá. As autoridades de saúde e o Hamas negam a afirmação.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza pediu a todos os órgãos internacionais que "protejam os hospitais e a equipe médica da brutalidade da ocupação (israelense)".

A organização médica beneficente Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse na quinta-feira que um de seus médicos no hospital, Mohammed Obeid, havia sido detido no último sábado pelas forças israelenses. A organização pediu a proteção dele e de toda a equipe médica que "está enfrentando uma violência terrível ao tentar prestar assistência".

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