Coreia do Norte promete manter o que chama de esforços de autodefesa, diz emissora estatal
SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte disse neste sábado (no horário local) que não tem escolha a não ser manter seus esforços para melhorar as suas capacidades de autodefesa, e acusou os Estados Unidos e a Coreia do Sul de jogarem a península das Coreias em cenários de guerra.
“A RPDC vai intensificar ainda mais seus esforços práticos para deter a ameaça militar das forças hostis e manter o equilíbrio de forças na região”, disse uma autoridade não identificada do Ministério das Relações Exteriores à agência de notícias estatal KCNA.
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O porta-voz culpou Washington e Seul por bolarem “vários tipos de tramas de guerra por mais de 20 anos”, deixando Pyongyang sem opção a não ser se preparar para o perigo de uma guerra nuclear.
Em comunicado separado, Kim Yo Jong, a poderosa irmã do líder norte-coreano, Kim Jong Un, condenou as críticas recentes do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aos disparos de mísseis balísticos intercontinentais por parte dos norte-coreanos, afirmando que os testes são “autodefesa”.
Na quinta-feira, a Coreia do Norte realizou o teste de um grande míssil balístico intercontinental movido a combustível sólido, chamado Hwasong-19.
O lançamento na quinta-feira ocorreu pouco depois de a Coreia do Norte ter começado a destacar soldados para ajudar a Rússia na guerra contra a Ucrânia, o que causou críticas de Washington e de seus aliados na Coreia do Sul, Japão e Europa, assim como do secretário-geral da ONU.
O míssil foi mais alto do que qualquer outro já lançado pelo país, de acordo com o país e também com militares da Coreia do Sul e do Japão que o rastrearam até ele cair no oceano, entre o Japão e a Rússia.
(Reportagem de Cynthia Kim em Seul)