EUA querem pausas reais e prolongadas nos combates em Gaza, diz Blinken

BRUXELAS (Reuters) - Os Estados Unidos querem pausas reais e prolongadas nos combates em Gaza para que a assistência possa chegar às pessoas que precisam dela, mas a melhor maneira de ajudar as pessoas seria acabar com a guerra, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta quarta-feira.

"Israel, de acordo com os padrões que estabeleceu, atingiu as metas que estabeleceu para si mesmo", declarou Blinken aos repórteres durante uma visita a Bruxelas. "Este deveria ser o momento de acabar com a guerra."

Na terça-feira, após o término do prazo de 30 dias dado pelos EUA para que Israel tomasse medidas para resolver a situação humanitária em Gaza, Washington afirmou que Israel não estava bloqueando a ajuda a Gaza e, portanto, não estava violando a lei dos EUA.

Oito grupos de ajuda internacional disseram que Israel não havia atendido às exigências dos EUA para melhorar o acesso à assistência. Especialistas em segurança alimentar disseram que é provável que a fome seja iminente em partes de Gaza.

Biden, cujo mandato termina em janeiro e que será substituído por seu antecessor Donald Trump, tem apoiado fortemente Israel desde que homens armados liderados pelo Hamas atacaram Israel em outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e fazendo 250 reféns.

Desde então, mais de 43.500 palestinos, a maioria civis, foram mortos em Gaza, com 2 milhões de pessoas deslocadas e grande parte da faixa reduzida a escombros.

Trump, um firme defensor de Israel, tem apoiado fortemente o objetivo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de destruir o Hamas. Ele prometeu levar paz ao Oriente Médio, mas não disse como faria isso.

(Reportagem de Simon Lewis)

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