Presidente da França diz que ataques à Ucrânia mostram que Putin não quer paz
BUENOS AIRES (Reuters) - O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que o grande bombardeio aéreo russo contra a Ucrânia neste domingo mostrou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "não quer a paz e não está pronto para negociar".
A prioridade da França é "equipar, apoiar e ajudar a Ucrânia a resistir", disse Macron a repórteres enquanto se prepara para deixar a Argentina para participar da cúpula do G20 no Brasil.
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Ele se recusou a comentar sobre a ligação do chanceler alemão, Olaf Scholz, com Putin na sexta-feira, acrescentando que os aliados da Ucrânia "devem permanecer unidos... em uma agenda para a paz genuína, ou seja, uma paz que não signifique a rendição da Ucrânia".
Com relação às negociações comerciais entre a União Europeia e o bloco do Mercosul, Macron reiterou a oposição da França a um acordo devido às preocupações com as importações agrícolas da América do Sul que não atendem aos padrões europeus.
Mas Macron disse que o presidente argentino, Javier Milei, também expressou sua insatisfação com os termos atuais do acordo comercial, alcançado em 2019, mas nunca ratificado, uma vez que a França se opôs.
"Saio dessa reunião com a convicção de que ainda não chegamos lá e gostaria de tranquilizar nossos agricultores", disse Macron após se encontrar com Milei neste domingo.
As negociações entre a UE e o Mercosul levaram agricultores franceses a planejar protestos em todo o país a partir de segunda-feira.
(Reportagem de Elizabeth Pineau e Gus Trompiz)