Prisão de 45 ativistas pró-democracia de Hong Kong em julgamento histórico atrai críticas
Por James Pomfret e Jessie Pang
HONG KONG (Reuters) - O Tribunal Superior de Hong Kong prendeu nesta terça-feira 45 ativistas pró-democracia por até 10 anos, após um julgamento histórico de segurança nacional que prejudicou o movimento democrático da cidade, outrora vigoroso, e atraiu críticas dos Estados Unidos e de outros países.
Um total de 47 ativistas pró-democracia foram presos e acusados em 2021 de conspiração para cometer subversão de acordo com uma lei de segurança nacional imposta por Pequim, que prevê penas de até prisão perpétua.
Benny Tai, um ex-professor de direito identificado na sentença como "mentor" dos planos dos ativistas, foi condenado a 10 anos de prisão, a sentença mais longa até o momento segundo a lei de segurança nacional de 2020.
As acusações estavam relacionadas à organização de uma "eleição primária" não oficial em 2020 para selecionar os melhores candidatos para uma próxima eleição legislativa. Os ativistas foram acusados pelos promotores de conspirar para paralisar o governo ao se envolverem em atos potencialmente perturbadores caso fossem eleitos.
Alguns governos ocidentais criticaram o julgamento, com os EUA descrevendo-o como "politicamente motivado" e dizendo que os ativistas deveriam ser libertados, pois participaram legal e pacificamente de atividades políticas.
Os governos da China e de Hong Kong afirmam que as leis de segurança nacional foram necessárias para restaurar a ordem após os protestos em massa pró-democracia em 2019, e que os ativistas foram tratados de acordo com as leis locais.
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