Corte militar paquistanesa condena 25 pessoas por ataques de 2023

Por Ariba Shahid

CARACHI, Paquistão (Reuters) - Um grupo de 25 civis foi condenado por um tribunal militar no Paquistão a sentenças que vão de dois a dez anos de “prisão rigorosa”, por conexão com ataques contra instalações militares do país em 2023, disse neste sábado o braço de comunicação das Forças Armadas.    A decisão exemplifica preocupações de apoiadores do ex-primeiro-ministro Imran Khan -- também preso -- de que os tribunais militares terão um papel importante nos casos que envolvem o político de 72 anos, acusado de múltiplos crimes por supostamente incitar ataques contra as Forças.    Milhares de apoiadores do ex-premiê invadiram instalações militares e incendiaram a casa de um general no dia 9 de maio de 2023, para protestar contra a prisão de Khan, realizada por paramilitares. Pelo menos oito pessoas morreram.    O gabinete de Relações Públicas Inter-Serviços do Exército disse que as sentenças proferidas neste sábado são um "marco importante na entrega de Justiça à nação".    "É também um lembrete severo para todos aqueles que são explorados pelos interesses e vítimas de sua propaganda política e intoxicantes mentiras, para que nunca façam justiça com as próprias mãos", acrescentou.    Outros acusados estão sendo julgados em tribunais antiterrorismo, mas os militares afirmaram que a justiça só será plenamente cumprida "quando o mentor e os planejadores forem punidos de acordo com a Constituição e as leis do país”.    A decisão ocorre dias depois de Khan ter sido indiciado por um tribunal antiterrorismo pela acusação de incitar ataques contra os militares. Um general do exército que foi seu chefe de espionagem, Faiz Hamid, é investigado pelas mesmas acusações.    (Reportagem de Ariba Shahid em Carachi; reportagem adicional de Mushtaq Ali em Peshawar)

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.