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Na ONU, Israel defende ataque contra hospital na Faixa de Gaza

Palestinos ao lado dos escombros de um prédio após um ataque aéreo israelense ao refugiado de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, em 13 de dezembro de 2024 Imagem: EYAD BABA/AFP

Michelle Nichols;

Reuters

03/01/2025 20h51

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Israel defendeu nesta sexta-feira a sua operação contra um hospital no norte da Faixa de Gaza na última semana, enquanto o chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a justificativa não convence, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que o país liberte o diretor do centro médico.

O embaixador de Israel na ONU em Genebra, Daniel Meron, postou nas redes sociais uma carta enviada na sexta-feira à OMS e a Volker Turk, autoridade de direitos humanos do órgão. Nela, o país afirma que o ataque contra o hospital Kamal Adwan, na semana passada, foi "provocado por evidência irrefutável" de que militantes do Hamas e da Jihad Islâmica estavam usando as suas instalações. Ele afirmou que as forças israelenses tomaram "medidas extraordinárias para proteger a vida civil, agindo com crível diligência".

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Turk disse ao Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira que Israel não "substanciou muitas dessas alegações, que são frequentemente vagas e amplas demais. Em alguns casos, aparentam ser contraditórias com informações de domínio público". "Estou pedindo investigações independentes, amplas e transparentes sobre os ataques israelenses contra hospitais, infraestrutura de Saúde e equipes médicas, além do alegado mau uso de tais instalações", afirmou ele ao órgão, que possui 15 membros.

O vice-embaixador de Israel na ONU, Jonathan Miller, disse que mais de "240 terroristas foram presos, incluindo 15 que participaram do massacre do dia 7 de outubro", no sul de Israel, em 2023, que deu início à guerra na Faixa de Gaza. O diretor do hospital, Hussam Abu Safiya, foi preso na ação.

"Suspeitamos que ele seja um operador do Hamas, já que centenas de terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica estavam se escondendo dentro do hospital Kamal Adwan sob a sua gestão. Ele está sendo investigado por forças israelenses", afirmou. A OMS está profundamente preocupada com Abu Safiya, afirmou o representante da entidade, Richard Peeperkorn: "Perdemos contato com ele desde então e pedimos sua libertação imediata".

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