Líder da oposição da Venezuela se reúne com Biden e fala com assessor de Trump

WASHINGTON/CARACAS (Reuters) - O líder da oposição venezuelana Edmundo González, que alega ter vencido as eleições presidenciais de julho e é reconhecido por vários países como presidente eleito, disse nesta segunda-feira que teve uma reunião proveitosa com o presidente dos EUA, Joe Biden, e conversou longamente com o assessor de segurança do presidente eleito Donald Trump.

A visita de González a Washington faz parte de uma turnê regional poucos dias antes da posse do presidente Nicolás Maduro, reconhecido pelo tribunal superior da Venezuela e pela autoridade eleitoral como o vencedor da eleição, para seu terceiro mandato.

"Tivemos uma conversa longa, frutífera e cordial com o presidente Biden e sua equipe", disse González a jornalistas após se encontrar com Biden na Casa Branca.

O governo venezuelano afirmou em uma comunicado que é "grotesco" que Biden esteja apoiando um "projeto violento" para usurpar a democracia do país.

A oposição publicou atas detalhadas de votos que, segundo ela, mostram uma vitória retumbante de González, e observadores internacionais disseram que a votação foi injusta. O governo não publicou as atas eleitorais.

No final da tarde, González afirmou no X que teve uma longa reunião com Mike Waltz, assessor de segurança nacional de Trump.

"Entre as várias questões sobre as quais conversamos em detalhes estava o protesto cívico dos venezuelanos em 9 de janeiro", acrescentou González. "Ele garantiu que os Estados Unidos e o mundo estarão atentos ao que acontecer em nosso país."

A posse de Maduro está marcada para 10 de janeiro. Seu governo tem dito repetidamente que a prisão de González, que vive exilado na Espanha, será solicitada se o líder da oposição entrar na Venezuela.

(Reportagem de Susan Heavey em Washington, Julia Symmes Cobb em Bogotá e Mayela Armas em Caracas)

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