"Eu amo a Nigéria": Macron quer melhorar segurança e acesso à cultura no país
“É um país que amo muito. Tenho várias lembranças da África, que nunca me deixaram”, declarou Macron. Após uma visita ao Gana no mês passado, chegou a vez da Nigéria, poderosa parceira econômica da França. Em Abuja, capital federal do país, o presidente francês deve discutir com Buhari a respeito do combate contra o Boko Haram.
“Muhammadu Buhari foi essencial para a força de ação africana contra o Boko Haram e trouxe resultados”, afirmou Macron, que lembrou a importância da união dos estados africanos na luta. A Nigéria é palco principal da insurreição jihadista, que já deixou 20.000 mortos desde 2009.
Lagos: eldorado artístico africano
Para a terceira etapa de sua visita, na cidade de Lagos, o presidente francês, o primeiro pisar na megalópole, vai seguir a linha diplomática habitual e se concentrar no investimento cultural. Nesta terça-feira, o chefe de Estado francês deve lançar a Temporada das culturas africanas, que acontecerá na França em 2020.
De acordo com Macron, o Eliseu deseja por em ação uma estratégia cultural e artística que “coloque a África no centro”. A escolha da casa de shows Shrine como local para a reunião surpreendeu os nigerianos, mas Macron reafirmou sua decisão de se reunir num “lugar vibrante”.
“É uma bela surpresa o fato de que Macron tenha escolhido celebrar a cultura durante sua visita a Lagos”, afirmou o Ministro local do Turismo e da Cultura, Seteve Ayorinde. “Ao mesmo tempo, não é um choque, tendo em vista a reputação da França com relação à cultura e que Macron é um presidente jovem e que conhece o país”.
Tokini Peterside, diretora da Art X, uma das maiores feiras de arte contemporânea da África, disse que Macron foi “ousado”. “Lagos pode enfim mostrar o que é: a capital cultural da África, com músicos, artistas e estilistas que são hoje conhecidos no mundo todo”.
Na quarta-feira (4), a previsão é de que o presidente inaugura uma nova sede da Aliança Francesa na cidade, onde, apesar da grande energia artística, o acesso à cultura permanece limitado e caro.
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