Franceses fazem as pazes com a seleção tricolor e apostam em vitória contra Bélgica
Na mídia e nas ruas, os torcedores desfilam com as cores da bandeira tricolor pintadas no rosto, os carros estão decorados de azul, branco e vermelho. Falta um degrau aos Bleus, ou Azuis, como é chamada a equipe, para chegarem à sonhada final.
O diário esportivo L'Equipe recorda que há dois anos, na Eurocopa, a França dominou a Alemanha por 2 a 0, campeã mundial em título, ao exibir um desempenho coletivo notável. Os jogadores de Didier Deschamps terão que reproduzir a mesma coisa contra os belgas, tão perigosos ou mais que os alemães, se esperam voltar a disputar a final de uma Copa do Mundo, que seria a terceira na história da Seleção Francesa, adverte L'Equipe.
O jornal gratuito 20 Minutos, distribuído no metrô, recorda que esta será a sexta semifinal da França na história do Mundial. Apenas a Alemanha (12), o Brasil (8) e a Itália (7) se saíram melhor. Estar na última fase da competição não garante uma estrela na camisa, mas é um sinal de regularidade que poucas equipes no mundo conseguem apresentar, diz o jornal gratuito.
De acordo com Le Parisien, os franceses fizeram as pazes com a equipe comandada por Deschamps, em boa parte pela generosidade de Kylian Mbappé. O atacante de 19 anos tem demonstrado uma maturidade impressionante em suas entrevistas. Depois de Mbappé ter decidido doar o prêmio em dinheiro por sua participação na Copa a uma obra de caridade, o restante do time decidiu fazer a mesma coisa. Segundo Le Parisien, os jogadores franceses trocaram o pedestal por virtudes básicas, como a generosidade e a empatia com o público.
Astérix belga
Desta vez, Astérix é belga, escreve o Libération em tom bem-humorado – "o pequeno que não tem medo dos grandes". Os belgas são os mais corajosos de todos os povos da Gália, afirma o editorial. A Seleção do pequeno país de 11 milhões de habitantes não se intimidou diante da Seleção Brasileira e vai enfrentar a torcida de 67 milhões de franceses, a equipe mais cara da Copa do Mundo, com uma vitória em 1998, um título europeu e habituada às finais.
Será um confronto de David e Golias. O chauvinismo inerente à competição leva o torcedor a apoiar a equipe francesa, mas a bela história seria se os belgas ganhassem, conclui o jornal Libération.
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