Navio humanitário chinês é um "presente maravilhoso" para venezuelanos
Julien Gonzalez, correspondente da RFI na Venezuela
O navio-hospital de 178 m de comprimento, que atracou no sábado (22), possui 500 leitos e 35 unidades de tratamento intensivas, além de 12 salas de operação. Esse tipo de infraestrutura médica é praticamente inacessível atualmente para boa parte da população do país, que assiste a um êxodo histórico de médicos e enfermeiros, desde o início da crise. A Federação farmacêutica da Venezuela registra uma penúria de cerca de 85% dos medicamentos.
“Eu fiquei sabendo da chegada do barco graças ao meu filho, que viu a informação na internet. Para mim, esse navio é o presente mais maravilhoso que poderíamos receber”, comenta Zaida, uma venezuelana que espera na fila para ser atendida gratuitamente por um dos médicos a bordo. Moradora de Barinitas, ela viajou mais de 700 km de ônibus, com uma fratura no joelho.
Mesmo se alguns reclamam da espera, a presença dos chineses é saudada pela população. Como Katiusa, que saiu satisfeita após o atendimento. “Eles cuidaram bem de mim. São bons médicos. Um doutor chinês me examinou e um militar traduzia o que ele dizia”, relata a jovem ao deixar o barco carregando um saco plástico com uma radiografia da coluna e uma caixa de medicamentos.
O ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, vê na presença do navio uma “verdadeira demonstração de diplomacia”. Para ele, a operação mostra a importância da cooperação entre Venezuela e China, um dos principais países aliados de Caracas. A missão do “Arco da Paz” acontece pouco depois de uma viagem oficial de Nicolás Maduro a Pequim.
O barco permanece atracado na região até o próximo sábado (29).
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