Macron diz que França aplicará sanções aos culpados pela morte de jornalista saudita
“O presidente Macron manifestou sua profunda indignação diante desse crime e pediu ao rei que todas as circunstâncias que conduziram a esse drama sejam esclarecidas”, disse o Palácio do Eliseu em um comunicado.
O chefe de Estado lembrou ao soberano saudita que a liberdade de expressão e de imprensa são essenciais para a República francesa. “A França não vai hesitar em aplicar sanções internacionais contra os culpados”, continua o documento.
Príncipe saudita nega crime político
Jamal Khashoggi foi morto no consulado saudita em Istambul em 2 de outubro. Depois de negar sua morte, Riad, sob crescente pressão internacional, apresentou várias versões, evocando primeiramente uma "briga" que terminou mal e depois alegando que o assassinato foi cometido durante uma operação "não autorizada", sobre a qual o príncipe herdeiro, considerado o homem forte do reino, não fora informado.
Mas as explicações sauditas não convenceram, e os ocidentais, céticos, exigiram uma investigação "crível e transparente". "O incidente é muito doloroso para todos os sauditas. É um incidente hediondo e totalmente injustificável", declarou Mohammed bin Salman, em sua primeira intervenção pública desde a morte do opositor, descrito como "assassinato político" pelo chefe de Estado turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Muitos estão tentando explorar o caso Khashoggi para criar um antagonismo entre Arábia Saudita e Turquia, mas eles não terão sucesso", acrescentou o príncipe herdeiro, que conversou por telefone com o presidente da Turquia.
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