Espanha desmantela rede de traficantes de pessoas que explorava romenos com deficiências
Três pessoas suspeitas, entre elas o acusado de ser o líder do grupo, foram detidos na operação. A polícia também libertou dez romenos que eram prisioneiros da gangue. Entre eles, havia seis mulheres que também eram obrigadas a se prostituírem. Os romenos eram alojados em condições insalubres na cidade vizinha de La Coruña.
A rede de traficantes recrutava pessoas em situação frágil na Romênia, com deficiências físicas ou mentais, e prometia trabalho em hotéis da Espanha. Mas, uma vez no local, eles eram obrigados a mendigar nas ruas de Santiago de Compostela, sob ameaça de morte. Todo o dinheiro obtido pelas vítimas ficava com os traficantes.
Entre as diversas humilhações às quais eram submetidos, os romenos eram forçados a se vestir como estátuas vivas, mímicos ou atuar como mendigos "quaisquer que fossem as condições climáticas". De acordo com o comunicado da polícia espanhola, os membros da gangue se mostravam "violentos quando alguns romenos ficavam doentes e não podiam sair às ruas".
Como são cidadãos europeus, os romenos têm livre circulação na maioria dos países da Europa. Em busca de emprego e fugindo da pobreza, muitos deixam a Romênia na esperança de encontrar melhores condições de vida em outras nações europeias. Vários acabam em imensos acampamentos nas periferias das grandes cidades, vítimas da precariedade e violência.
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