Cuba disponibiliza internet móvel, mas sob preço muito alto à população
Cuba, um dos países do mundo com acesso mais restrito e controlado à internet, oferecerá a partir desta quinta-feira (6) a oportunidade à população de se conectar à internet nos celulares - um privilégio, até então, reservado a turistas estrangeiros e diplomatas. Entretanto, o preço da rede móvel ainda é extremamente caro para a maioria dos cubanos.
"A partir de 6 de dezembro, começaremos a oferecer serviços de internet em telefones celulares", declarou a presidente da estatal de telecomunicação Etecsa, Mayra Arevich.
O acesso à rede móvel era uma promessa do novo presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, mas, na prática, poucos cidadãos poderão utilizar a 3G em seus celulares, devido ao preço da conexão.
A tarifa proposta será de US$ 0,10 centavos (R$ 0,39) por megabyte, com pacotes que vão de US$ 7 (R$ 27,3) por 600 megabytes a US$ 30 por quatro gigabytes. No entanto, o salário médio em Cuba para funcionários públicos (87% da população ativa) é de US$ 30 (R$ 117).
"Para comprar um plano mensal com 4 gigabytes, será preciso desembolsar praticamente o valor de um salário de um cubano", afirma Omar Everleny Perez, do Centro de Estudos de Economia Cubana da Universidade de Havana.
Acesso à internet continua limitado e caro
No fim de 2016, Cuba assinou um acordo com a Google para obter uma conexão mais rápida ao conteúdo da gigante americana. O acesso à internet não melhorou na ilha desde então: continua limitado, lento e caro. A maioria dos residentes não tem outra solução a não ser se conectar a pontos de wi-fi públicos, pagando por hora.
A Etecsa fez vários testes de 3G nos últimos meses, mas o exame final, no começo de setembro, oferecendo acesso gratuito durante 72 horas a 1,5 milhão de usuários, encontrou "dificuldades de conexão e congestionamento significativo dos serviços de voz e dados, devido à instabilidade de parte da rede".
Atualmente, a Etecsa disponibiliza mil pontos de navagação wifi e 670 salas de acesso à internet em todo o país.
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