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França testa novo serviço militar obrigatório

17/01/2019 09h48

Cerca de 3.000 jovens voluntários vão testar a primeira fase do futuro serviço militar francês a partir de junho, em 13 regiões do país. Ele passará a ter uma fase obrigatória para jovens de 16 anos e é uma promessa de campanha do presidente francês, Emmanuel Macron.

Cerca de 3.000 jovens voluntários vão testar a primeira fase do futuro serviço militar francês a partir de junho, em 13 regiões do país. Ele passará a ter uma fase obrigatória para jovens de 16 anos e é uma promessa de campanha do presidente francês, Emmanuel Macron.

O anúncio foi feito pelo secretário de Estado francês, Gabriel Attal, nesta quarta-feira (16). Ele explicou que, neste ano, 200 jovens de 16 anos vão “experimentar” a primeira fase do serviço militar. Os adolescentes poderão enviar suas candidaturas a partir de março.

A novidade do novo serviço militar francês é que ele acontecerá em duas fases: a primeira, obrigatória, durará um mês. A segunda será facultativa e terá entre três meses e um ano.

Segundo Attal, o governo pediu aos secretários de Segurança Pública uma “cartografia” dos perfis dos jovens das regiões participantes para identificar diferentes perfis: adolescentes com deficiência, por exemplo, ou diferentes níveis de escolaridade.

Durante a primeira fase do serviço, os recrutas, que deverão fazer um check-up e passar por um teste de francês, vão morar em internatos e prédios das forças armadas e serão treinados por militares e educadores. Os jovens terão cursos de primeiros socorros, de como reagir em caso de atentado ou catástrofe natural, e de proteção ambiental e valores republicanos.

Organizações estudantis questionam medida

Em seguida, os jovens poderão participar da segunda fase treinamento entre junho de 2019 e junho de 2020. O novo serviço militar vem sendo criticado por organizações e sindicatos estudantis, que questionam a obrigatoriedade e o custo da medida.

O secretário do governo respondeu às críticas dizendo que os gastos com o novo serviço será “irrisório”, embora a medida deva custar cerca de € 1,7 bilhão aos cofres do Estado por ano.