Topo

K-pop : escândalo de prostituição arranha imagem de "bonzinho" dos cantores sul-coreanos

12/03/2019 15h30

O cantor Seungri, do grupo sul-coreano Bigbang, foi acusado de ter contratado prostitutas para investidores de passagem por Seul. O escândalo arranha a imagem do artista, mas também de toda a indústria da chamada K-pop, a música popular local.

O cantor Seungri, do grupo sul-coreano Bigbang, foi acusado de ter contratado prostitutas para investidores de passagem por Seul.

Frédéric Ojardias, correspondente da RFI em Seul

A K-pop é conhecida por seus grupos com coreografias afiadas e estética irreprochável. Além disso, as boy’s band também investem na imagem de “bom moço” de seus cantores, que conquistam fãs pelo mundo afora, sempre evitando polêmicas e escândalos. 

Por essa razão o caso envolvendo Seungri está dando o que falar na Coreia do Sul, onde a K-pop se tornou um verdadeiro produto do soft power do país. O cantor de 28 anos é acusado de ter contratado prostitutas para impressionar investidores estrangeiros interessados em sua empresa de restaurantes e casas noturnas. Mas a prostituição é ilegal na Coreia do Sul, o que arranhou a imagem do artista. 

Seungri, cujo nome de batismo é Lee Seung-hyun, também foi interrogado pela polícia após denúncias de clientes de uma de suas casas noturnas, que teriam sido vítimas de abuso sexual. Segundo a imprensa local, várias jovens teriam sido drogadas pelos garçons do estabelecimento, antes de terem sido agredidas.

O cantor nega todas as acusações. Mesmo assim, ele apresentou desculpas oficiais e anunciou que pretende abandonar o mundo do espetáculo.

Os reis da K-pop

Os cinco cantores do Bigbang são conhecidos na Coreia do Sul como “os reis da K-pop”. O grupo já vendeu 140 milhões de discos.

As ações da agência que administra e grupo e outros talentos da K-pop despencaram após a revelação do escândalo.