Cientistas franceses alertam sobre aquecimento global mais forte que o previsto
Um estudo de cientistas franceses alerta que o aquecimento global será muito mais forte do que o previsto até o fim do século. Cerca de cem pesquisadores fizeram novas simulações climáticas, levando em conta vários cenários socioeconômicos.
Na pior das hipóteses, os especialistas franceses afirmam que a temperatura média global aumentará entre 6,5°C e 7°C em 2100. No melhor cenário, ela subirá 2°C, mas somente se houver uma forte cooperação internacional na luta contra o efeito estufa. O estudo foi produzido por pesquisadores e engenheiros do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), do Comissariado de Energia Atômica (CEA) e do instituto de meteorologia Météo France.
O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), grupo de especialistas da ONU, previa no pior cenário um aumento da temperatura de 4,8°C em relação a era pré-industrial. O Acordo de Paris sobre mudanças climáticas de 2015 fixou como valor de referência um aquecimento de no máximo 2°C, mas os compromissos firmados até agora pelos países signatários conduziriam a um aumento de 3°C no final do século.
"A temperatura média do planeta em 2100 depende de políticas climáticas que devem ser adotadas imediatamente e mantidas ao longo de todo o século 21", inisistem os cientistas franceses. Independentemente do cenário estudado, eles afirmam que "as ondas de calor intensas que atingiram a Europa Ocidental nos últimos anos vão se repetir pelo menos nas próximas duas décadas". O estudo francês irá alimentar o sexto relatório da ONU sobre o clima, que será publicado entre 2021 e 2022.
Greta ganha prêmio da Anistia Internacional
A sueca Greta Thunberg, atualmente em visita aos Estados Unidos, foi agraciada com um prêmio da Anistia Internacional. A jovem ativista ambiental e seu movimento juvenil em defesa do clima receberam o prêmio "Embaixadores da Consciência", concedido pela ONG nesta segunda-feira (16), às vésperas de uma importante cúpula climática na ONU, em Nova York. A jovem de 16 anos foi amplamente aplaudida pelos estudantes da Universidade George Washington, na capital dos EUA, onde ocorreu a cerimônia.
Greta, que abandonou por um ano os estudos para se dedicar à luta de conscientização coletiva sobre a gravidade das mudanças climáticas, dividiu o prêmio com os milhões de jovens que participaram a cada sexta-feira, desde agosto de 2018, das greves semanais nas escolas para alertar sobre os efeitos do aquecimento global.
Na próxima sexta-feira (20), a jovem sueca e milhares de estudantes de Nova York deverão ocupar as ruas como parte de uma "greve climática global", que ocorrerá em cidades em todo o planeta.
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