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Com fechamento de escolas por coronavírus, governo francês vai bancar licença de trabalhadores

13/03/2020 09h12

Depois de anunciar uma série de decisões drásticas para evitar a propagação do coronavírus, que incluem o fechamento de todas as escolas a partir de segunda-feira (16), o governo francês se prepara para enfrentar a crise econômica que custará "dezenas de bilhões de euros" aos cofres públicos.

Os setores mais afetados na França serão o do turismo, hotelaria e restaurantes, transportes e eventos. Nesta quinta-feira (12), 5.117 empresas pediram para beneficiar do chamado "desemprego parcial', situação que obriga o empregador a manter os assalariados em casa. O custo é avaliado em € 242 milhões, e será bancado em parte pelo governo francês.

O ministro das Finanças, Bruno Le Maire, prometeu fazer "todo o necessário e até mais" para apoiar as empresas francesas. O governo também prometeu bancar as licenças-saúde dos pais que forem obrigados a ficar em casa para cuidar dos filhos menores de 16 anos, já que as escolas ficarão fechadas pelo menos até o dia 19 de abril. A Bolsa de Valores de Paris terminou em baixa de 12% nesta quinta-feira, uma queda histórica, mas hoje o índice CAC40 estava em alta no início da manhã.

Nesta sexta-feira (13), os dirigentes políticos e os bancos centrais no mundo tomaram uma série de iniciativas para tentar limitar o impacto econômico da epidemia do coronavírus, que já deixou mais de 4.000 mortos desde sua aparição na China.

Medidas de apoio

O Banco Central Europeu anunciou nesta quinta-feira diversas medidas de apoio à economia e fará novos empréstimos aos bancos com taxas mais baixas. Paralelamente, o Banco Popular da China também anunciou nesta sexta-feira uma nova redução das reservas obrigatórias impostas a certos bancos do país para liberar € 70,3 bilhõesde liquidez para sustentar a economia. Já a China desbloqueou, no dia 5 de março, € 110,48 bilhões para financiar a luta contra a epidemia.

A pandemia do novo coronavírus provocou a morte de 5.043 pessoas no mundo, a maioria na China continental, de acordo com um balanço da AFP elaborado com informações de fontes oficiais. Na China,mais de 3.176 pessoas morreram, na Itália, 1.016, e no Irã, 514. Estes são os três países mais afetados pela COVID-19. Desde o surgimento do vírus no fim de dezembro, mais de 134.300 pessoas foram contaminadas em 121 países e territórios. Mais de 5.000 pessoas já morreram em todo o mundo vítimas da doença.