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Tremores de terra não abalam primeira ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, durante entrevista

25/05/2020 12h36

A primeira ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, se manteve firme apesar de tremores de terra que ocorreram enquanto ela concedia uma entrevista à televisão nesta segunda-feira (25). Ardern, à frente do governo desde 2017, é extremamente apreciada pela população por sua gestão frente a diversas crises, incluindo a atual epidemia do coronavírus.

O epicentro do terremoto, de magnitude 5,8, ocorreu a uma profundidade de 52 quilômetros da costa de Levin, cidade que fica a aproximadamente 90 quilômetros ao norte de Wellington, na Ilha Norte do país. De acordo com o serviço de monitoramento sísmico da Nova Zelândia GeoNet, houve cerca de 40 tremores secundários. O terremoto, que durou cerca de 30 segundos, não deixou feridos nem causou danos, mas nem por isso deixou de causar pânico em determinadas áreas da capital.

"Estamos tendo um terremoto aqui (...) Você pode ver as coisas se movendo atrás de mim", disse a primeira-ministra ao apresentador do programa realizado na cidade de Auckland, muito mais ao norte da ilha, enquanto ela olhava rapidamente ao redor. Depois de ter assegurado ao interlocutor que ela estava bem, sorrindo, Jacinda Ardern retomou a entrevista, e as imagens imediatamente ganharam as redes sociais.

O arquipélago está no limite das placas tectônicas da Austrália e do Pacífico, uma área que faz parte do chamado "Anel de Fogo" do Pacífico, onde são registrados até 15 mil terremotos a cada ano. Mas apenas entre cem e 150 são fortes o bastante para serem percebidos.

Um terremoto de intensidade 6,3 matou 185 pessoas em fevereiro de 2011 na cidade de Christchurch, na Ilha Sul. Em 2016, um terremoto de magnitude 7,8, em Kaikoura, na costa norte, foi o segundo mais forte já registrado no país.

Mudanças de medidas

O episódio ocorreu no dia em que o país muda seu limite em relação ao número de pessoas aglomeradas, em relação às medidas de segurança sanitária, em função da crise do coronavírus. A limitação para pessoas reunidas passou de dez para cem pessoas. O anúncio foi feito pela primeira-ministra nesta segunda-feira.

O estado de alerta do país, atualmente no nível 2, também será revisto em 8 de junho, e o retorno ao nível 1 deve ocorrer no mais tardar no próximo dia 22, acrescentou Ardern durante uma entrevista coletiva organizada ao final de um conselho de ministros.