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Califórnia decide libertar prisioneiros para reduzir propagação do coronavírus

11/07/2020 14h23

O mais populoso dos estados americanos, com quase 40 milhões de habitantes, a Califórnia libertará vários milhares de prisioneiros para diminuir as contaminações pela Covid-19 em suas cadeias lotadas.

Até 8.000 detentos poderão reivindicar a libertação antecipada até o final de agosto, juntando-se aos 10.000 já liberados, desde o início da crise de saúde.

Até o momento, a Califórnia registrou mais de 300.000 casos de infecções e mais de 6.800 mortes.

"Essas iniciativas visam a garantir a saúde e a segurança da população carcerária e dos funcionários", afirmou o diretor do departamento de administração prisional, Ralph Diaz, em um comunicado.

Preocupação em São Francisco

O anúncio, aclamado pelos defensores da reforma penitenciária, acontece após o aumento dos casos de Covid-19 em San Quentin, uma das prisões mais antigas da Califórnia, onde mais de mil prisioneiros testaram positivo para o novo coronavírus.

"Esta é uma das nossas preocupações mais profundas no momento", disse o governador Gavin Newsom, no final de junho, observando que 42% dos aproximadamente 3.500 presos desta prisão, que fica perto de São Francisco, eram considerados "frágeis clinicamente".

Os casos de infecção na prisão de San Quentin constituem quase metade dos registrados nas prisões estaduais, onde estão presos, ao todo, cerca de 113.000 pessoas.