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Biden promete vacina para todos até 1º de maio e quer 4 de julho "com churrasco"

12/03/2021 08h59

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (11) em um discurso para marcar o primeiro ano da pandemia que a luta contra a covid-19 "está longe ter acabado". Ele prometeu que, progressivamente, todos os adultos nos Estados Unidos poderão receber uma dose da vacina até 1º de maio.

"Temos que trabalhar para garantir que todos tenham confiança na segurança e eficácia das três vacinas" que estão sendo distribuídas nos Estados Unidos, o país com o maior número de mortes pelo novo coronavírus no mundo. O país autorizou os imunizantes da Pfizer/BioNtech, Moderna e Johnson & Johnson. 

Ele também disse que ordenará às autoridades de todo o país que suspendam as restrições da vacinação contra a covid-19 aos grupos prioritários, liberando até o início de maio as vacinas para as pessoas interessadas. Biden sugeriu que os americanos poderão comemorar o dia nacional de 4 de julho em pequenos grupos em torno de um tradicional churrasco.

O presidente americano alertou, entretanto, que "as condições podem mudar" se as novas variantes do vírus se espalharem, exigindo novas restrições. Ele pediu à população que continue a respeitar as medidas de proteção, como lavagem das mãos, distanciamento social e uso de máscaras. "Assim como estamos saindo de um inverno sombrio para uma primavera promissora, o verão não é o momento de esquecer as regras", concluiu o presidente.

Pacote em meio à pandemia

O presidente americano, Joe Biden, promulgou nesta quinta-feira (11) o plano de estímulo econômico de US$ 1,9 trilhão aprovado no Congresso. Biden deu seu aval oficial para o pacote de ajuda econômica -que chamou de "histórico"- em uma cerimônia no Salão Oval da Casa Branca, que contou com a presença da vice-presidente americana, Kamala Harris.

No 50º dia de seu mandato, o presidente lembrou os "sacrifícios" feitos pelos americanos durante a pandemia. "Existem razões reais para ter esperança, eu prometo", afirmou, acrescentando que "vemos a luz no fim do túnel".

Celebrando "uma vitória histórica para os americanos", Biden declarou que defenderá o plano. Na terça, deve ir para a Pensilvânia, na primeira etapa de uma série de viagens no país.

O vírus já causou mais de 530.000 mortes nos Estados Unidos, e a maior economia mundial se contraiu 3,5% no ano passado, seu pior desempenho desde a Segunda Guerra Mundial.

"Há exatamente um ano, disse que íamos passar por um momento muito difícil. Mas nunca poderia imaginar que este país teria mais de meio milhão de mortos" pela pandemia, disse o imunologista Anthony Fauci, assessor do então presidente Donald Trump e agora de Biden.

Mais vacinas

Graças à aprovação do pacote no Congresso, milhões de americanos receberão cheques de ajuda direta, em um montante global de cerca de US$ 400 bilhões. O plano também estende até setembro benefícios excepcionais de desemprego que expiraram em 14 de março e reserva US$ 126 bilhões para escolas, desde pré-escolas a estabelecimentos do ensino médio, para apoiar sua reabertura apesar da pandemia, bem como US$ 350 bilhões para estados e grupos locais.

Em meio a uma campanha de vacinação a todo vapor, a Casa Branca anunciou que quer comprar mais 100 milhões de doses da Johnson & Johnson, o que dobraria a quantidade ordenada pelos Estados Unidos a esta empresa farmacêutica. O país já fez pedidos para receber até o final de maio as doses necessárias para vacinar todos os adultos americanos, graças a outras duas vacinas licenciadas - uma da Pfizer/BioNTech, e outra, da Moderna.

O presidente insiste na necessidade de se preparar para eventuais contratempos. "Precisamos de uma flexibilidade máxima (...) Muitas coisas podem acontecer e temos de estar prontos", assegurou. "Se tivermos uma sobra, vamos dividir com o resto do mundo", disse ele.

Em um vídeo intitulado "Depende de você", os ex-presidentes Jimmy Carter, George W. Bush, Bill Clinton e Barack Obama pediram nesta quinta-feira pela manhã que todos os americanos se vacinem.

 (Com informações da AFP)