França testa pioneiro "passe sanitário" com testes e vacinas contra a Covid
O "passe sanitário" experimentado pela França poderia servir de modelo ao sistema que a União Europeia espera implementar no final de junho, para comprovar o resultado dos testes e a realização de vacinas contra a Covid-19. O documento seria utilizado para superar as restrições atuais de circulação no bloco e facilitar o acesso das pessoas a espaços coletivos.
O "passe sanitário" francês será baseado no aplicativo para celulares "TousAntiCovid" (Todos contra a Covid), que já existe. Desenvolvido para ajudar a rastrear a propagação da epidemia no país, ele agora pode armazenar, desde esta segunda-feira (19), o resultado de um teste oficial e negativo para o novo coronavírus.
O aplicativo, baixado por 15 milhões de franceses, também terá um espaço para "certificados de recuperação da Covid" e, a partir de 29 de abril, a comprovantes de vacinação.
Com essa ferramenta, a França se tornou o primeiro país a adotar uma certificação eletrônica sobre a doença, que há meses é debatida na Comissão Europeia. O modelo francês abre caminho para a criação e a extensão de um "passaporte sanitário europeu" completo antes do início do verão, indica o jornal francês Le Monde.
Fim gradual das restrições de viagens
A implantação do "passe sanitário" na França deve permitir o fim gradual das restrições de viagens e acesso a determinados lugares e eventos, afirma a plataforma de notícias France Info.
Inicialmente, as autoridades francesas vão testar o sistema em alguns voos internos, entre a França continental e a ilha da Córsega. Nas próximas semanas, ele será estendido a territórios ultramarinos franceses, como as Antilhas e a Guiana. Para que passe a ser utilizado em viagens transfronteiriças, isto é, entre países do bloco europeu, será necessário a autorização da Comissão Europeia, provavelmente a partir de junho.
Testes falsos
Nas últimas semanas, as autoridades constataram o aumento do número de testes falsos de Covid-19 apresentados por viajantes, na França como em vários outros países. Detectar esses exames fraudulentos será essencial para o combate à propagação da variante brasileira do coronavírus, conhecida como P1, explica o canal online The Local. Aliado às novas restrições impostas a viajantes vindos do Brasil, Chile, Argentina e África do Sul, o "passe sanitário" será uma arma crucial nessa batalha.
A agência policial europeia, Europol, alertou em fevereiro os viajantes para tomarem cuidado com a venda e a compra de certificados negativos de Covid-19 em aeroportos. O esquema montado pelo crime organizado propõe testes por até € 300. Várias pessoas envolvidas foram presas na França, Grã-Bretanha, Espanha e Holanda.
O "passe sanitário" levanta muitas questões na França em relação à proteção dos dados pessoais dos usuários. As autoridades tentam tranquilizar a população garantindo que as informações de saúde serão armazenadas apenas nos celulares dos usuários e não serão repassadas a ninguém.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.