EUA colocam França e Brasil em lista de países com risco "muito alto" para Covid-19
O Departamento de Estado norte-americano recomendou na segunda-feira (9) que os cidadãos dos Estados Unidos evitem viagens à França devido a um aumento de novos casos de Covid-19 ligados à variante Delta. O anúncio ocorre após alerta do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, sigla em inglês) sobre o início da quarta onda da doença em várias regiões francesas.
As autoridades norte-americanas revisaram na segunda-feira a lista de países seguros para viagem, colocando várias nações no "nível 4", onde o risco de contaminação é considerado "muito alto". O Brasil faz parte deste grupo ao qual foram adicionados França, Israel, Islândia, Croácia, Áustria, Quênia e Jamaica.
Em comunicado, o CDC pede que os cidadãos evitem viagens "não essenciais a esses países". Também aconselha que, em caso de necessidade de ir aos países que fazem parte do "nível 4", o indivíduo esteja "completamente imunizado".
Sobre a possibilidade de reabertura das fronteiras norte-americanas, o governo dos EUA não revisou sua posição desde a semana passada. Na última quarta-feira (4) um responsável da Casa Branca sugeriu que viajantes que receberam duas doses da vacina poderiam, em breve, entrar no país. Segundo a fonte, Washington estaria elaborando um plano para a autorização de entradas de estrangeiros nos Estados Unidos "com algumas exceções", indicou, sem mencionar qualquer prazo para o anúncio desta flexibilização.
Mais da metade da população vacinada
A França vem enfrentando um aumento das contaminações de Covid-19 desde que relaxou várias medidas contra a doença, no início deste segundo semestre. Atualmente, a França vem registrando uma média de 20 mil novos casos diários, mas com um baixo número de óbitos em comparação aos últimos picos das ondas precedentes de Covid-19.
Para reduzir a transmissão do vírus, na segunda-feira entrou em vigor a lei que autoriza a exigência do passaporte sanitário em território francês. O mecanismo comprova a vacinação contra a doença ou a imunização natural (em caso de infecção recente) ou ainda um teste negativo de menos de 72 horas.
A grande preocupação das autoridades é com a vacinação, que vem caindo nas últimas semanas devido à resistência por parte da população. No último sábado (7), pelo quarto fim de semana consecutivo, 237 mil pessoas saíram às ruas do país para protestar contra a imposição do passaporte sanitário.
Segundo dados da Agência Pública de Saúde da França, quase 45 milhões de pessoas (66,7% da população elegível à vacinação) recebeu ao menos uma dose enquanto cerca de 37,5 milhões de franceses contam com um esquema vacinal completo (55,6%).
Desde o início da pandemia de Covid-19, a França registrou 111 mil mortos e 6 milhões de casos da doença.
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