Código QR sobre vacinação anticovid de Macron é divulgado ilegalmente nas redes sociais
Há alguns dias o código QR do passaporte sanitário do presidente francês Emmanuel Macron vem sendo divulgado, sem sua autorização, nas redes sociais. O dispositivo, que traz informações sobre a vacinação do chefe de Estado, teria sido copiado e revelado por profissionais do setor da saúde. O governo afirma já ter identificados os autores.
Ainda não se sabe exatamente se a divulgação foi feita por médicos ou enfermeiros. No entanto, as autoridades informaram que os "profissionais das saúde" que compartilharam dos dados de Macron "foram identificados" e a autores poderão ser suspensos.
A Ordem do Médicos da França indicou que já solicitou a lista dos profissionais envolvidos. Seus nomes serão transmitidos aos conselhos das regiões nas quais eles exercem, que decidirão quais serão as sanções disciplinares cabíveis. Além disso, a própria Ordem deve se pronunciar sobre o caso, apresentado como "um ataque grave ao sigilo médico".
O código QR do passaporte sanitário é gerado pelas autoridades de saúde logo após a vacinação anticovid. Ele traz o nome e a data de nascimento de seu portador, além de informações sobre as vacinas que tomou.
O Palácio do Eliseu confirmou a autenticidade do documento que circulava nas redes sociais. O porta-voz do governo, Gabriel Attal, disse que não houve nenhum tipo de falha tecnológica que explica que o vazamento das informações do chefe do Estado "é uma falha ética".
Todos os profissionais da saúde têm acesso ao sistema informático centralizado, implementado como parte da campanha de vacinação. "É o que permite saber se um paciente já tomou a primeira dose e possibilita que ele tome a segunda dose em um outro lugar do país se for necessário", explicou Attal.
Na semana passada o código QR do primeiro ministro, Jean Castex, também foi copiado e uma imagem foi divulgada nas redes sociais. Mas, desta vez, o próprio chefe do governo foi parcialmente responsável, pois a imagem havia sido escaneada a partir de uma foto na imprensa, na qual o premiê mostrava seu passaporte sanitário.
Desde os incidentes, os códigos QR do presidente e do primeiro-ministro foram substituídos.
(Com informações da AFP)
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