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OMS desaconselha tratamento com plasma sanguíneo para Covid-19

07/12/2021 06h18

A Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselha o tratamento de pessoas com sintomas leves ou moderados de Covid-19 com plasma sanguíneo de pacientes que se recuperaram da doença, declarou a entidade nesta terça-feira (7). A terapia com plasma foi um dos tratamentos potenciais testados no início da pandemia, mas mostrou ter benefícios limitados.

O plasma de pessoas convalescentes com anticorpos produzidos pelo corpo para combater o coronavírus apresentou sinais promissores quando administrado por via intravenosa a outros pacientes com Covid-19. Mas, em uma recomendação publicada no British Medical Journal, a OMS afirma que "evidências reais mostram que o tratamento não melhora a sobrevida ou reduz a necessidade de ventilação mecânica, e que é caro e leva muito tempo para ser administrado".

Por esse motivo, a OMS emite "uma forte recomendação" contra a utilização de plasma sanguíneo para pessoas que não apresentam sintomas graves da infecção viral causada pelo coronavírus. Ao mesmo tempo, para esclarecer algumas incertezas sobre esse tipo de terapia, os especialistas indicam que este tratamento só deve ser administrado como parte de um ensaio clínico.

Mais de 16 mil pacientes observados

A OMS afirma que esta recomendação é baseada nos resultados de 16 testes envolvendo mais de 16.200 pacientes com sintomas leves, graves e críticos da Covid-19.

Desde o ano passado, a terapia com plasma convalescente passou a ser usada no Brasil. Centros de pesquisa e hospitais investiram em pesquisas sobre este tratamento. 

Atualmente, a Europa voltou a ser o epicentro mundial da pandemia e tem a maioria de seus países enfrentando a variante delta, mais contagiosa. Desde que os primeiros casos surgiram na China, no fim de 2019, a pandemia causou a morte de ao menos 5,2 milhões de pessoas em todo o mundo. Os Estados Unidos são o país com o maior número de mortes decorrentes da Covid-19 (789.708 óbitos), à frente de Brasil (615.744), Índia (473.537), México (295.203) e Rússia (282.462).

Com informações da AFP