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Roland Garros: Beatriz Haddad, Bruno Soares e Rafael Matos avançam para as quartas nas duplas

29/05/2022 14h12

O domingo (29) foi de boas notícias para o tênis brasileiro no Aberto da França. Bruno Soares e Bia Haddad Maia venceram no torneio de duplas mistas e Rafael Matos, ao lado do espanhol David Veja Hernández, avançou no quadro de duplas masculinas.

Elcio Ramalho, de Roland Garros

O entrosamento de Beatriz Haddad Maia e Bruno Soares ficou ainda mais evidente nesta segunda rodada do torneio. Os brasileiros tinham pela frente a dupla formada pelo croata Ivan Dodig e pela indiana Sania Myrna e passaram com maior tranquilidade do que no jogo de estreia. O placar final foi 2 sets a 0 (parciais de 6/4 e 6/3).

"O primeiro set foi duríssimo e decidido em muitos detalhes. A chave do jogo foi, primeiro, o entrosamento, que já está mais natural. Jogamos muito convictos, sabendo das coisas que deveríamos fazer e jogamos super bem os pontos importantes", resumiu Bruno, após a partida.  

"Não é muito difícil se entrosar e fazer amizade com o Bruno", diz Bia sorrindo. "Além de conhecer muito bem o circuito, me identifico com os seus valores também fora da quadra. Independentemente do momento mais tenso ou não do jogo, ele me deixa muito à vontade e muito confiante", relata a tenista. 

"O entrosamento foi melhorando do primeiro jogo para esse e a tendência é a gente se conhecer cada vez mais e fazer nossas jogadas preferidas e continuarmos nos divertindo na quadra", acrescentou.

Nas quartas de final, Bia e Bruno vão enfrentar a dupla formada pelo alemão Kevin Krawiecz e a americana Nicole Melichar-Martinez. "São dois jogadores experientes, mas do jeito que eu e a Bia estamos jogando, a Bia como tem muita potência, nós temos que focar muito. Se conseguirmos executar as coisas que queremos fazer, ficamos perigosos", afirma Bruno.

Bia, que faz 26 anos nesta segunda-feira (30), diz que não poderia celebrar a data de maneira melhor do que estar na segunda semana do torneio parisiense. "Presente maior do que estar jogando Roland Garros do lado do Bruno e viva no torneio, não tem. Independentemente de resultado, isso já é tudo, um sonho", diz Bia, que lembrou ter passado seu aniversário de 15 anos no qualifying juvenil.

"Depois de 11 anos, estar aqui é muito especial, um dos meus torneios favoritos, com certeza. É um prazer estar aqui e vai ser um dia lindo", garante.    

 

Rafael Matos nas quartas

Bia e Bruno estavam na quadra quando o gaúcho Rafael Matos e o espanhol David Veja Hernández comemoravam a vitória sobre a dupla belga Joran Vilegen e Sander Gillé por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 3/6, 7/6 (10-6).

"Foi um jogo muito duro, muitas emoções na quadra maior, que estava cheia. Torcida fazendo bastante barulho e a gente gritando bastante também. Pegamos essa energia a favor", relatou Rafael, após a partida.

"No primeiro set, no segundo e terceiro eles sacaram muito bem e não nos deram muitas chances, mas no terceiro a gente conseguiu manter o nosso saque. No super (tie break) saímos atrás em 3 a 1, mas estávamos com a energia muito alta e isso acabou vindo par nosso lado no final", disse, ao se referir ao placar de 10-6, que garantiu o set decisivo e a vitória.

As quartas de final não aumentam a pressão sobre a dupla, que começou a jogar em março e já fez a final do Open de Munique, além de vencer um torneio de duplas, em Marrakesh.

"Desde o início, a gente veio com vontade de desfrutar, mas com muita ilusão de fazer um bom torneio. Desde as oitavas, já era um bom resultado, mas a cada jogo estamos felizes com o nosso resultado e o desempenho também. Mas estamos com ilusão de seguir longe no torneio", afirma.

Na próxima rodada, Rafael e David irão encarar a dupla formada pelo hondurenho Marcelo Arévalo e Jean-Julien Rojer.

Será o primeiro confronto do brasileiro com esses jogadores, por isso, deve estudar a dupla antes de entrar em quadra. "Vamos fazer o dever de casa, dar uma estudada em cada um, mas o mais importante para nós é a maneira como a gente entra e jogando no saibro como estamos jogando, podemos ser competitivos com qualquer dupla", afirma.   

Rafael diz ter desenvolvido muita confiança com o parceiro também fora da quadra. Com os resultados que já conseguiu em Roland Garros, o gaúcho já atingiu uma das metas que fixou para a temporada que é de ficar entre os 50 melhores no ranking de duplas da ATP.