Lula diz que é preciso criar espaço para negociações de paz em discurso durante cúpula do G7
O Presidente Lula, discursou na sessão de trabalho do G7 e países convidados, neste domingo (21), em Hiroshima, no Japão. No encontro com o tema "Rumo a um Mundo Pacífico, Estável e Próspero", Lula disse que "é preciso falar da paz" e que "nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo" e que é preciso "trabalhar para criar o espaço para negociações".
Lula também declarou que é preciso uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, que segundo ele está "mais paralisado do que nunca".
Mas afirmou que o Brasil está alinhado com a Carta das Nações Unidas e que "repudia veementemente o uso da força como meio de resolver disputas" e condena "a violação da integridade territorial da Ucrânia".
O presidente brasileiro também alertou sobre o risco de uma guerra nuclear. "As armas nucleares não são fonte de segurança, mas instrumento de extermínio em massa que nega nossa humanidade e ameaça a continuidade da vida na Terra", declarou.
"Enquanto existirem armas nucleares, sempre haverá a possibilidade de seu uso. Foi por essa razão que o Brasil se engajou ativamente nas negociações do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares, que esperamos poder ratificar em breve", disse.
Agenda cheia
Lula teve a agenda cheia em seu último dia em Hiroshima. Pela manhã ele se encontrou com os primeiros-ministros do Canadá, Justin Trudeau e da India, Narendra Modi, e pela tarde com o secretário geral da ONU, Antonio Guterrez e com o primeiro-ministro do Vietnã, Ph?m Minh Chính.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, que também participa da cúpula, pediu um encontro com o presidente brasileiro, mas a reunião não foi confirmada. O Brasil tenta manter uma postura neutra no conflito entre Ucrânia e Rússia.
Na manhã de domingo, os líderes do G7 e dos países convidados visitaram o Parque Memorial da Paz de Hiroshima, e depositaram flores no monumento às vítimas da bomba atômica.
No sábado Lula se reuniu com o presidente francês Emmanuel Macron. Os dois chefes de estado conversaram principalmente sobre mudanças climáticas e preservação da biodiversidade.
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