Primeiro caso de nova variante mais contagiosa de mpox é diagnosticado na Europa
Uma pessoa que vive na região de Estocolmo foi diagnosticada como portadora do subtipo clade 1 do vírus mpox (conhecido anteriormente como varíola dos macacos), de acordo com a agência sueca de saúde pública. Este é primeiro caso de infecção com esta variante, mais contagiosa e perigosa que o vírus original, detectado fora do continente africano.
"A pessoa afetada foi infectada durante uma estadia numa região da África onde existe uma grande epidemia de mpox subtipo clade 1", explicou Olivia Wigzell, chefe interina da agência de saúde sueca, durante uma coletiva de imprensa.
A agência de saúde pública confirmou à AFP numa mensagem que se tratava da variante mpox do subtipo "1b", que reapareceu na República Democrática do Congo (RDC) em setembro de 2023.
A pessoa infectada na Suécia recebeu cuidados e recomendações de acordo com os protocolos atuais, garantiu Wigzell.
"Acreditamos que a Suécia está bem preparada para diagnosticar, isolar e tratar pessoas com mpox de forma segura e eficaz", acrescentou.
"O fato de uma pessoa ser tratada de mpox no país não implica riscos para o resto da população", sublinhou a agência de saúde pública num comunicado de imprensa. O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) considera atualmente este risco muito baixo.
Vírus mais contagioso
A atual epidemia, que começou na RDC, tem algumas especificidades, principalmente um vírus mais contagioso e mais perigoso. Ela é causada pelo clade 1 e por uma variante ainda mais perigosa, o clade 1b. Sua taxa de mortalidade é estimada em 3,6%.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acionou na quarta-feira (14) o seu mais alto nível de alerta internacional diante do ressurgimento de casos de mpox na África.
O clade 1b tem como um dos sintomas, erupções cutâneas por todo o corpo, enquanto as cepas anteriores eram caracterizadas por lesões localizadas ou na boca, face e genitais.
No total, 38.465 casos de mpox foram registados em 16 países africanos desde janeiro de 2022, provocando 1.456 mortes. Um aumento de 160% no número de casos foi observado em 2024 em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados.na semana passada pela agência de saúde da União Africana.
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