Macron recebe familiares de reféns franco-israelenses e Paris reitera apoio a Israel

O presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu nesta segunda-feira (7) em Paris os familiares dos dois reféns franco-israelenses que estão detidos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023. O encontro aconteceu no dia que marca o aniversário de um ano do início da guerra entre Israel e o grupo Hamas. Em visita a Jérusalem, o chefe da diplomacia francesa também reiterou o apoio às autoridades israelenses.

Macron recebeu no Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, membros das famílias de Ohad Yahalomi e Ofer Kalderon, acompanhados do grande rabino Haïm Korsia. Quando chegaram, alguns parentes estavam carregando cartazes com imagens dos reféns. Durante o encontro, o chefe de Estado garantiu às famílias que a França estava fazendo "todo o possível" a libertação e insistiu que continuará a "lutar implacavelmente" contra o antissemitismo, segundo informou a presidência em comunicado.

As famílias dos dois reféns franco-israelenses que ainda são mantidos pelo Hamas em Gaza também foram recebidas pelo primeiro-ministro Michel Barnier na tarde desta segunda-feira. Em seguida, o premiê participa de uma cerimônia "em homenagem às vítimas" e "em apoio aos reféns ainda mantidos em cativeiro", a convite do Conselho Representante das Instituições Judaicas da França (Crif, na sigla em francês). Espera-se a presença de cerca de 4.000 pessoas, incluindo vários ministros, bem como o ex-presidente Nicolas Sarkozy e personalidades do mundo do entretenimento.

A Torre Eiffel será desligada às 23h45, "para relembrar esta tragédia e homenagear a memória das vítimas de 7 de outubro", informou a prefeitura de Paris. A 'Dama de Ferro', como é chamado o monumento, já foi apagada um ano atrás, um dia depois do ataque, e foi iluminada com as cores da bandeira israelense no dia 9 de outubro de 2023.

França apoia Israel

O chefe da diplomacia francesa, Jean-Noël Barrot, está em Israel nesta segunda-feira. De Jerusalém, ele reafirmou o apoio "inabalável" da França à segurança israelense, garantindo que Paris "nunca deixará de exigir do Hamas a libertação incondicional de todos os reféns". O ministro das Relações Exteriores ainda insistiu que "a força por si só não pode garantir a segurança de Israel".

No fim de semana, o presidente francês havia criticado o fato de não haver mudanças na situação na Faixa Gaza, apesar dos esforços diplomáticos empreendidos para obter um cessar-fogo, em particular com Israel. Macron também suscitou fortes críticas da parte do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por ter evocado, em uma entrevista à rádio France Inter, no sábado (5), a possibilidade de parar de fornecer armas à Tel Aviv. Um dia depois, os dois líderes conversaram por telefone, "assumindo suas diferenças e compreendendo-se mutuamente", indicou o Palácio do Eliseu em comunicado.

A França abriga a maior comunidade judaica da Europa.

(Com agências)

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