Mais um soldado da paz da ONU é ferido no sul do Líbano; Israel pede a moradores para não retornarem à região

Um dia depois que o presidente francês Emmanuel Macron disse ser "inaceitável" que as forças de manutenção da paz da ONU sejam "alvejadas pelas forças armadas israelenses", no sul do Líbano, mais um  capacete azul ficou ferido, anunciou neste sábado (12) a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL).

Um novo soldado da paz foi ferido no sul do Líbano atingido por uma bala de "origem ainda não determinada", enquanto a UNIFIL está no fogo cruzado entre Israel e o Hezbollah.

Sexta-feira (11) à noite, "um soldado da paz foi atingido por tiros quando uma ação militar ocorria não muito longe da sede da UNIFIL em Ras al-Naqoura", relata o comunicado de imprensa da Força, que tem 10.000 homens no sul do Líbano. Na quinta e sexta-feira (10), a UNIFIL anunciou que quatro dos seus membros, da Indonésia e do Sri Lanka, ficaram feridos, pelo menos dois devido a um ataque de tropas israelenses.

O porta-voz da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) disse à AFP neste sábado que temia "muito em breve" um "conflito regional com impacto catastrófico para todos".

"Não há solução militar", afirmou Andrea Tenenti, apelando a "discussões em nível político e diplomático" para "evitar a catástrofe". "O conflito entre o Hezbollah e Israel não é apenas um conflito entre dois países. Muito em breve, poderá ser um conflito regional com impacto catastrófico para todos", continuou.

Ordem para deixar o sul do Líbano

Neste sábado, o exército israelense, em guerra contra o Hezbollah no sul do Líbano, ordenou aos residentes desta região para que não voltassem para as suas casas.

Enquanto Israel celebra o Yom Kippur, o dia mais sagrado do judaísmo, as suas tropas combatem o Hezbollah no Líbano e o Hamas em Gaza, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometendo continuar a luta contra estes grupos islâmicos "até à vitória".

A guerra em Gaza, desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro de 2023 em solo israelense, e a do Líbano são acompanhadas de uma escalada entre Israel e o Irã, com os líderes israelenses ameaçando retaliar um ataque a mísseis iranianos, ocorrido em 1 de outubro.

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Em Gaza, o ministério da Saúde do governo do Hamas atualizou neste sábado um novo balanço de  42.175 mortes no território palestino desde o início da guerra entre Israel e o movimento islâmico, há mais de um ano.

(Com AFP)

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