Xerife de Riverside detalha a prisão de homem detido com armas ilegais em evento de Trump

Um homem de 49 anos, residente de Las Vegas, foi preso próximo a um comício do candidato republicano Donald Trump na Califórnia, Estados Unidos, no último sábado (12). Autoridades locais informaram, no domingo (13), que ele está sendo acusado de posse ilegal de armas, após a polícia encontrar dois armamentos e um carregador de alta capacidade em sua posse.

Luciana Rosa, correspondente da RFI em Nova York

O suspeito foi abordado por forças de segurança do condado de Riverside enquanto dirigia um SUV preto e, segundo o comunicado da polícia, não ofereceu resistência durante a detenção. O xerife do condado de Riverside, Chad Bianco, declarou que "ontem à tarde, antes da chegada do ex-presidente Trump ao comício, entramos em contato com um indivíduo no perímetro interno da nossa operação no evento."

O homem se identificou como Vem Miller. "Ele se aproximou do perímetro externo, deu todas as indicações de que pertencia ao local, que era participante autorizado a acessar a área VIP e a equipe de imprensa. Por isso, foi permitido que ele cruzasse a primeira barreira", declarou Bianco.

No entanto, ao chegar ao perímetro interno, a segurança notou irregularidades na identificação de Miller, e ele acabou sendo detido por volta das 17h, no horário local da Califórnia, "a apenas 800 metros da entrada do comício".

Durante a coletiva de imprensa oferecida no domingo (13), o xerife contou que o veículo conduzido pelo suspeito possuía uma placa de identificação falsa, que parecia ter sido feita à mão, "o que é um indicativo de um grupo de indivíduos que se autodenominam cidadãos soberanos, e o agente de segurança supôs que o homem faz parte desse grupo", completou Bianco.

Espingarda

Durante a revista do veículo, além dos documentos de identificação, foram encontrados uma pistola carregada e uma espingarda. "Obviamente, isso ocorreu antes da chegada do ex-presidente", ressaltou Bianco.

Após ser detido, o suspeito foi encaminhado para a delegacia, mas foi liberado sob o pagamento de uma fiança no valor de US$ 5.000 [aproximadamente R$ 28 mil].

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O homem deverá enfrentar um processo judicial no futuro. Por agora,  as autoridades locais estão trabalhando em conjunto com o Serviço Secreto e o FBI "para garantir que todas as informações sobre essa pessoa sejam coletadas", garantiu o xerife. O único delito cometido por Miller até agora é  o porte ilegal de armas, e qualquer outra acusação deverá ser feita pelo governo federal, de acordo com Bianco.

O episódio acontece em meio ao aumento da preocupação sobre a segurança do ex-presidente. Em julho deste ano, Trump sofreu uma tentativa de assassinato em Butler, na Pensilvânia, quando foi ferido na orelha por um atirador, que foi posteriormente morto por seguranças. Dois meses depois, o Serviço Secreto disparou contra um homem armado com um rifle que estava escondido nas proximidades de um clube de golfe na Flórida, onde Trump se encontrava.

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