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Coreia do Sul, Japão e EUA fazem exercícios militares em 'reação' a míssil norte-coreano

Em imagem de arquivo, desfile da Coreia do Sul e exibe arsenal contra a Coreia da Norte Imagem: Kim Hong-ji/Pool/AFP

03/11/2024 05h59

"A Coreia do Sul, o Japão e os Estados Unidos realizaram exercícios aéreos conjuntos com um bombardeiro estratégico americano no domingo (3), informou o exército sul-coreano, após o mais longo lançamento de míssil já realizado por Pyongyang.

Os exercícios ocorreram três dias após o lançamento, pela Coreia do Norte, de um de seus mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) de combustível sólido, um dos mais poderosos e avançados de seu arsenal, capaz, segundo especialistas, de alcançar alvos nos Estados Unidos.

O bombardeiro americano B-1B, caças sul-coreanos F-15K e KF-16, além de aviões japoneses F-2, foram mobilizados para os exercícios, informou o exército.

"O exercício demonstra o compromisso da aliança entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul com uma dissuasão ampliada e integrada em resposta às crescentes ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte", declarou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado.

Durante as manobras, os aviões sul-coreanos e japoneses escoltaram o bombardeiro estratégico americano até um local designado ao sul da península coreana, "demonstrando uma forte capacidade de atingir rapidamente e com precisão os alvos", acrescentou o exército.

Demonstrações de força

Este é o quarto envio de um bombardeiro estratégico sobre a península coreana este ano, informou o exército, e o segundo no contexto de um exercício aéreo trilateral destinado a contrabalançar as ameaças militares de Pyongyang.

O B-1B é um bombardeiro de longo alcance, capaz de transportar armas convencionais e armas guiadas com precisão. Originalmente projetado para capacidades nucleares, o B-1B passou a atuar exclusivamente com armamento convencional nos anos 1990.

O último ICBM lançado pela Coreia do Norte teria voado mais alto e mais longe do que todos os mísseis anteriores, segundo informações de Pyongyang e das forças armadas de Seul e Tóquio, que acompanharam o trajeto em tempo real.

A agência de notícias norte-coreana KCNA classificou o ICBM como "o míssil estratégico mais poderoso do mundo", e o líder Kim Jong Un "expressou sua grande satisfação" após o lançamento.

A Coreia do Norte afirmou que "nunca mudará sua linha de ação de fortalecimento de suas forças nucleares", segundo a agência oficial.

O lançamento ocorre em um momento em que a comunidade internacional observa o possível envio de milhares de soldados norte-coreanos à Rússia para apoiar os esforços de guerra de Moscou na Ucrânia, gerando preocupações de que soldados norte-coreanos com uniformes russos possam em breve ser envolvidos nos combates.

(com AFP)

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