Paris vive "Noite Americana" para debater e acompanhar eleições presidenciais nos EUA

Os olhos do mundo estão voltados para a eleição presidencial nos Estados Unidos, disputada pela democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump. O magnata e ex-presidente do país está próximo da vitória após a divulgação dos últimos resultados da votação em estados decisivos, como a Pensilvânia e a Geórgia.

Em Paris, na França, a prefeitura organizou uma "Noite Americana" para que as pessoas pudessem acompanhar o processo de votação, que aconteceu nesta terça-feira (5) nos Estados Unidos.

O evento foi realizado no Théâtre de La Concorde, que fica no oitavo distrito da capital francesa, reunindo centenas de pessoas. Entre eles estavam os irmãos Emma e Ethan Liechtenstein, de 23 e 27 anos, que são franceses, mas estão atentos ao resultado do pleito nos EUA. Eles concordam que as eleições norte-americanas têm uma grande influência internacional.

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"Acho que este tipo de evento mostra uma preocupação global da Europa e do mundo sobre o assunto. Porque os Estados Unidos são a maior economia do planeta, que influencia o mundo inteiro. Qualquer decisão que eles tomem vai influenciar a França e a Europa. Então, essa é uma noite de eleições muito importante também para os franceses e para outros países", opina Ethan.

"Eu vim com colegas de rádio, estamos cobrindo muitas eleições e este é um assunto que nos preocupa muito, portanto era importante estar aqui hoje. Nosso produtor, por exemplo está em Washington (capital dos EUA) e nós estamos aqui para acompanhar o que se passa na América", explica Emma.

A "Noite Americana", como o evento foi chamado, contou com uma mesa de debates com diversos convidados e seguiu até às 4h da madrugada, por conta da diferença no fuso-horário entre França e Estados Unidos.

Noite à americana

Além do evento oficial da prefeitura, as eleições americanas puderam ser acompanhadas em outros locais em Paris. No segundo distrito da capital francesa, por exemplo, um bar americano tradicional da cidade reuniu dezenas de pessoas para acompanhar o processo de votação.

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Para o norte-americano Mathew, de 33 anos, que vive em Paris há 15, é importante ficar de olho nas eleições, mesmo morando fora.

"Acompanhar as eleições de longe também é muito interessante. Já faz 15 anos que eu moro fora e sigo de longe. Tenho amigos que acompanham de perto e são bem engajados. Fico muito feliz de vir aqui e encontrar muitos americanos que também acompanham essa noite de eleições e de passar uma noite excepcional com eles", diz.

"Acredito que os Estados Unidos são a polícia do mundo. Estamos votando por princípios que poderão influenciar em outros países. Através disso, a gente percebe um impacto no mundo. Entao, por isso sigo acompanhando de perto", argumenta Mathew.

Estima-se que cerca de 2,8 milhões de norte-americanos estejam aptos a votar fora do país, de acordo com o Departamento de Defesa dos EUA. Quase 160 mil deles estão na França. Diante do peso da economia dos Estados Unidos na geopolítica global, o mundo vai seguir de olho no que acontece na Casa Branca, independente do resultado, que aponta para uma vitória de Trump.

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