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Para imprensa francesa, cúpula do G20 cristalizou 'discordância' entre Ocidente e emergentes

20/11/2024 11h11

Enquanto a imprensa brasileira destacou a aprovação por consenso da declaração final do G20, o jornal francês Le Monde considera, nesta quarta-feira (20), que o encontro de líderes no Rio de Janeiro evidenciou "a grande discordância entre o Ocidente e os Estados emergentes do Sul". As críticas estão relacionadas com a falta de condenação à guerra iniciada pela Rússia na Ucrânia, mas também à falta de avanços concretos nas questões climáticas.

Enquanto a imprensa brasileira destacou a aprovação por consenso da declaração final do G20, o jornal francês Le Monde considera, nesta quarta-feira (20), que o encontro de líderes no Rio de Janeiro evidenciou "a grande discordância entre o Ocidente e os Estados emergentes do Sul". As críticas estão relacionadas com a falta de condenação à guerra iniciada pela Rússia na Ucrânia, mas também à falta de avanços concretos nas questões climáticas.

Segundo Le Monde, dois anos e nove meses depois de a Rússia ser isolada na comunidade internacional devido à invasão da Ucrânia, "a presidência brasileira do G20 usou um subterfúgio", no caso a Aliança Global contra a Fome, para incluir na primeira foto de oficial do grupo o chanceler russo, Serguei Lavrov, e ainda "todo sorridente na terceira fila". 

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Le Monde considera "preocupante" que a cúpula no Rio "não tenha impedido os diferentes 'blocos' de trabalharem uns contra os outros". Isso porque a China declarou, depois de uma reunião bilateral entre os chanceleres chinês e russo, que está "disposta a trabalhar com o lado russo para fortalecer ainda mais a cooperação estratégica e o alinhamento" entre Moscou e Pequim. O restante da frase seria contra os Estados Unidos e os aliados europeus. 

Jogo duplo da China

O Libération questiona o jogo duplo da China. Uma reportagem do jornal publicada nesta quarta-feira evoca drones de ataque que estariam sendo produzidos pela China para a Rússia, em uma fábrica instalada no território chinês, de acordo com declarações de vários diplomatas europeus nos corredores da Comissão Europeia, em Bruxelas. Pequim nega a entrega de armas letais para as duas partes em conflito e reafirma seu papel de "negociador" entre a Rússia e a Ucrânia. 

No entanto, na segunda-feira, os 27 ministros das Relações Exteriores da União Europeia ameaçaram a China de sanções, caso esta suspeita venha a ser confirmada. A ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, ressaltou que a guerra da Rússia na Ucrânia "diz respeito aos nossos próprios interesses fundamentais em termos de segurança".

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