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Ucrânia usa míssil do Reino Unido em novo ataque contra Rússia, diz mídia

Aeronave transportando dois mísseis Storm Shadow sob a fuselagem Imagem: Ministério da Defesa do Reino Unido

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/11/2024 12h02

Pela primeira vez desde o início da guerra em 2022, a Ucrânia usou mísseis de longo alcance fornecidos pelo Reino Unido para atacar a Rússia em seu próprio território.

O que aconteceu

As forças armadas ucranianas dispararam mísseis britânicos conhecidos como Storm Shadow contra alvos militares em território russo. Fragmentos de um Storm Shadow foram encontrados, nesta quarta-feira (20), na aldeia de Marino Kursk, segundo a mídia russa. Não há relatos de mortos e feridos.

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Kiev já havia atacado uma base militar em Bryansk com mísseis americanos ATACMS, na terça-feira (19), após aval do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. A permissão dos países que apoiam a Ucrânia para o uso de mísseis de longo alcance é uma resposta ao envio de tropas militares da Coreia do Norte para apoiar a Rússia no conflito.

O Storm Shadow, enviado pelo Reino Unido à Ucrânia, é um míssil que pode alcançar até 250 km e viajar próximo à velocidade do som. Até então, o Reino Unido e os Estados Unidos haviam permitido que Kiev usasse esse tipo de míssil contra a Rússia para se defender dentro do próprio território. A autorização para usá-los também em solo russo marca uma escalada no conflito.

Rússia prometeu uma "resposta adequada" após Kiev usar os mísseis americanos em seu território. Até o momento, o presidente Vladimir Putin não se manifestou sobre o uso dos mísseis britânicos e norte-americanos.

Guerra se encaminha para "uma nova fase", afirmou o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov. "Consideraremos isto como uma nova fase na guerra ocidental contra a Rússia e reagiremos em conformidade", disse ele à imprensa à margem da cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

Lavrov afirma que Kiev não tem capacidade de usar esse armamento de precisão "sem a ajuda de especialistas e instrutores americanos". Para o Kremlin a utilização destes armamentos representava uma linha vermelha a não ser ultrapassada. Em setembro, Vladimir Putin advertiu que, se o uso de mísseis ocidentais de longo alcance fossem usados pela Ucrânia contra o território russo, sinalizaria que "os países da OTAN estariam em guerra com a Rússia".

Oficialmente, Moscou tem feito ameaças sobre a possibilidade de usar armas nucleares no conflito, o que não ocorreu até o momento.

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