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Pequim envia forças militares a Taiwan após passagem de avião de vigilância dos EUA

26/11/2024 11h37

A China enviou nesta terça-feira (26) unidades de suas forças aéreas e navais para monitorar um avião militar norte-americano que sobrevoava a zona sensível do estreito de Taiwan. Washington fortaleceu suas alianças na região, irritando Pequim com seu posicionamento regular de navios e aeronaves militares no estreito de Taiwan. Em meados de setembro, o exército chinês já havia afirmado ter seguido o mesmo modelo de aeronave sobre a região.

A China anunciou nesta terça-feira o envio de forças aéreas e navais para monitorar um avião militar dos EUA que sobrevoava o estreito de Taiwan. No início desta manhã, um Boeing "P-8A Poseidon" da Marinha dos EUA cruzou o espaço aéreo internacional do estreito de Taiwan", informou a 7ª Frota dos EUA em um comunicado. 

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"A passagem da aeronave pelo estreito de Taiwan demonstra o compromisso dos Estados Unidos com uma região livre e aberta do Indo-Pacífico", acrescentou. A China disse que estava monitorando a aeronave de patrulha antissubmarina, mas condenou um voo "abertamente apresentado". 

"As observações dos EUA distorcem os princípios legais, confundem o público e enganam a percepção internacional", denunciou o coronel sênior e porta-voz do teatro de operações oriental da Força Aérea Chinesa. Pequim "organizou forças navais e aéreas para monitorar e proteger a trajetória da aeronave norte-americana e reagiu de forma eficaz", acrescentou o oficial do Exército de Libertação Popular. 

Fortalecimento das alianças dos EUA 

Washington fortaleceu suas alianças na região, irritando Pequim com seu posicionamento regular de navios e aeronaves militares no Estreito de Taiwan. Em meados de setembro, o exército chinês já havia afirmado ter seguido o mesmo modelo de aeronave sobre o estreito, prometendo "defender resolutamente a soberania nacional". Os Estados Unidos são o principal aliado de segurança de Taiwan, embora não reconheçam oficialmente a autonomia administrativa da ilha. 

Washington e seus aliados cruzam regularmente o estreito de 180 quilômetros, de avião ou barco, para reforçar o status internacional desse braço de mar, enfurecendo Pequim, que reivindica jurisdição sobre Taiwan e suas águas circundantes. No sábado, o líder chinês Xi Jinping pediu aos Estados Unidos que não cruzassem a "linha vermelha" em seu apoio a Taiwan, dois meses antes do retorno de Donald Trump à Casa Branca

A advertência foi feita durante uma reunião cara a cara com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Lima, à margem de uma cúpula do fórum da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec). O Ministério da Defesa de Taiwan disse nesta terça-feira que a aeronave americana P-8A havia cruzado o estreito de sul para norte pela manhã. Os militares taiwaneses "monitoraram de perto os movimentos no mar e no espaço aéreo ao redor, e a situação permaneceu normal", declarou o ministério em um comunicado. 

(RFI com AFP)

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