França faz primeiros bombardeios em posições do grupo Estado Islâmico na Síria após queda de Assad

Aviões franceses bombardearam posições do Estado Islâmico (EI) na Síria durante o fim de semana. O anúncio foi feito nesta terça-feira (31) pelo ministro da Defesa, Sébastien Lecornu. Esses foram os primeiros ataques no país do Oriente Médio desde a queda de Bashar al-Assad.

"As nossas Forças Armadas continuam envolvidas na luta contra o terrorismo no Levante", publicou Lecornu na rede social X durante uma visita às forças francesas da missão de paz da ONU no Líbano. "No domingo, a aviação francesa realizou ataques direcionados contra o Daesh em solo sírio", acrescentou, usando o nome árabe do grupo Estado Islâmico (EI).

O Ministério da Defesa confirmou que caças Rafale franceses e os drones Reaper, de fabricação americana, "lançaram um total de sete bombas sobre dois alvos militares do grupo Estado Islâmico no centro da Síria".

A postagem traz um vídeo no qual é possível ver o momento do ataque, filmado de dentro do caça. As imagens aéreas mostram a explosão do que parecem ser galpões em uma região desértica.

A França é membro da coalizão internacional contra o EI no Iraque desde 2014 e na Síria desde 2015. Segundo o ministério francês das Forças Armadas, pelo menos 600 soldados estão mobilizados nas ações contra o grupo extremista.

O grupo Estado Islâmico sobreviveu no Iraque e na Síria, apesar da destruição do seu "califado", que controlava grandes áreas de território em ambos os países entre 2014 e 2019. Após a queda de Assad em uma ofensiva dos rebeldes sírios liderados por um grupo radical sunita, os observadores temem que se abra espaço para o EI se reagrupar e fortalecer.

Estados Unidos também atuam na região

As forças americanas também querem evitar que o EI "aproveite o contexto para se reestabelecer no centro da Síria". Por essa razão, Washington já informou que pretende intensificar os ataques visando as posições do grupo em zonas até então protegidas pelo regime sírio e pelas forças russas, aliadas de Damasco.

Continua após a publicidade

Em 8 de dezembro, dia em que os rebeldes tomaram Damasco, Washington anunciou ter atacado mais de 75 alvos do grupo Estado Islâmico. Em seguida, em meados de dezembro, os Estados Unidos informaram terem dobrado seu número de militares na Síria, que subiu para cerca de 2 mil soldados.

(Com agências)

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.