Chanceler alemão Olaf Scholz condena 'declarações equivocadas' de Elon Musk
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, criticou as "declarações equivocadas" de Elon Musk em uma entrevista publicada pelo jornal alemão Die Welt, além de condenar o apoio declarado do bilionário, nascido na África do Sul e braço direito de Donald Trump, em breve em seu novo mandato nos Estados Unidos, ao maior partido de extrema-direita alemão, o AfD (Alternativa para a Alemanha).
Questionado pela revista Stern sobre as provocações de Elon Musk ? que o chamou de "louco" no início de novembro de 2024 e de "idiota incompetente" em 20 de dezembro, além de atacar o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, a quem qualificou de "tirano" ? o chanceler alemão Olaf Scholz afirmou que é necessário "manter a calma".
"Na Alemanha, tudo acontece de acordo com a vontade dos cidadãos, e não conforme as declarações equivocadas de um bilionário norte-americano", declarou o líder social-democrata, a pouco mais de um mês das eleições legislativas antecipadas, previstas para 23 de fevereiro de 2025.
AfD: "partido que defende aproximação com a Rússia de Putin"
"O presidente alemão não é um tirano antidemocrático, e a Alemanha é uma democracia forte e estável ? independentemente do que Elon Musk afirme", destacou Scholz na entrevista. No entanto, o chanceler considerou que, "muito mais problemático que esses insultos", seria o apoio de Musk ao partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
Segundo Scholz, a AfD é "um partido que defende uma aproximação com a Rússia de [Vladimir] Putin e busca enfraquecer os laços transatlânticos".
Representantes da AfD ? partido que aparece em segundo lugar nas pesquisas para as eleições legislativas alemãs (com cerca de 19% das intenções de voto, atrás dos conservadores, com 33%) ? admitiram ao jornal Der Spiegel, na última terça-feira, que mantém contatos regulares com a equipe de Musk.
O empresário bilionário, de 53 anos, participará no dia 9 de janeiro de uma conversa na plataforma X com a líder da AfD, Alice Weidel.
(RFI com AFP)
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