Trump diz que não pretende aliviar tarifas de aço e alumínio impostas a parceiros comerciais
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na noite deste domingo (16) que "não tinha intenção" de aliviar as tarifas de 25% impostas aos parceiros comerciais dos EUA sobre o aço e o alumínio. "Não pretendo fazer isso", disse Trump a repórteres a bordo do avião presidencial Air Force One, ao ser questionado sobre eventuais "exceções" às tarifas anunciadas nas últimas semanas.
Para reequilibrar a balança comercial dos EUA, Donald Trump, que assumiu o poder em janeiro, aumentou as tarifas alfandegárias de diversos produtos em diferentes países, incluindo o Brasil.
Essa série de decisões desestabilizou os mercados financeiros e gerou temores de recessão na maior economia do mundo.
As tarifas de 25% sobre aço e alumínio entraram em vigor na quarta-feira. A tentativa do governo Trump é proteger a indústria siderúrgica dos EUA, que enfrenta uma concorrência cada vez maior.
O líder republicano também pretende impor as chamadas taxas alfandegárias "recíprocas" a todos os parceiros comerciais de seu país, a partir de 2 de abril.
Na mesma data, também entram em vigor as tarifas alfandegárias de 25% sobre os produtos mexicanos e canadenses, que foram temporariamente suspensas no início de março.
"Dois de abril será um dia libertador para o nosso país", disse Trump. "Bilhões de dólares já chegaram ao nosso país e chegarão ainda mais a partir de 2 de abril", declarou.
Com Trump, economia sofre mais do que durante pandemia
Neste fim de semana, o BCE (Banco Central Europeu) considerou que as políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão criando mais "incertezas" para a economia mundial do que o período da pandemia de Covid-19.
Em suas projeções de inflação, o BCE deve "levar em consideração a incerteza do ambiente atual, que, inclusive, é maior do que era durante a pandemia", disse o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, em entrevista ao jornal Sunday Times neste domingo (16).
A perspectiva das tarifas impostas pelos Estados Unidos e as respostas de seus parceiros comerciais provocam "muitas incertezas" e fazem com que "a situação atual seja muito volátil", acrescentou a presidente do BCE, Christine Lagarde.
"Parece que a cada dia uma nova tarifa é adotada, ou um imposto anunciado é retirado", resume o ex-ministro da Economia espanhol. "Uma guerra comercial seria uma situação em que todos sairiam perdendo porque penalizaria o crescimento", disse Guindos.
Apesar do contexto, "o processo de desinflação está no bom caminho", assegura. O BCE considera que uma inflação próxima a 2% garante a estabilidade dos preços e reforça a confiança dos consumidores e empresas para consumir e investir.
Guerra da Ucrânia
Trump também afirmou que conversará com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira (18). "Falarei com o presidente Putin na terça-feira", anunciou Donald Trump, acrescentando que "muitas coisas já foram discutidas entre a Ucrânia e Rússia".
Referindo-se à "terra" e às "usinas de produção de energia", ele explicou que as negociações envolvem o "compartilhamento de certos ativos".
O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, a, disse no domingo que os presidentes dos EUA e da Rússia teriam "uma discussão muito boa e positiva esta semana".
Os Estados Unidos estão pressionando a Rússia para que o país aceite rapidamente um cessar-fogo com a Ucrânia. Moscou, Kiev e Washington "querem que tudo isso acabe", garantiu o diplomata à rede CNN.
(Com informações da AFP)
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