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No Nordeste, Dilma sai em defesa do ministro da Integração, alvo de acusações de favorecimento

Em São Paulo

08/02/2012 18h09

Em vistoria a obras de transposição das águas do rio São Francisco, a presidente Dilma Rousseff fez uma clara defesa do trabalho do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Deputado federal licenciado, eleito em 2010 pelo PSB de Pernambuco, o ministro foi alvo de denúncias de favorecimento ao seu Estado em obras da Pasta e também de nepotismo. Um de seus irmãos presidia a Codevasf, estatal responsável pela revitalização das bacias do São Francisco e do Parnaíba.

"Estou aqui para concluir com o ministro Fernando Bezerra uma etapa. Nós recompusemos e reconfiguramos. O ministro está aqui. Neste ano de 2011, ele conseguiu fazer toda uma reconfiguração da obra, recontratar porque muitos lotes foram feitos só com o projeto básico", afirmou a presidente em Juazeiro do Norte (CE).

Segundo a presidente, a obra de transposição é "uma das mais significativas desse pedaço de século". "O acesso à água é uma questão essencial para o desenvolvimento do Nordeste", disse Dilma.

A obra da transposição das águas do rio São Francisco, em atraso, está com novas metas em seu cronograma. A primeira fase será concluída até o fim deste ano e todo o projeto ficará pronto até o fim de 2014. Segundo Dilma, a obra é importante porque mostra a aceleração do investimento do governo diante do contexto crise internacional.

"O ministro fez todo um estudo e um trabalho. Ele está concluindo esse trabalho", completou.

O investimento nesta primeira fase será de R$ 2,4 bilhões. Depois serão mais R$ 1,9 bilhão.

"O momento mais crítico das negociações foi superado", disse o ministro. Segundo Bezerra, a obra, que hoje tem 3,9 mil funcionários, deve chegar a 6,45 mil trabalhadores até junho e atingir cerca de 12 milhões de habitantes da região Nordeste.

Na cidade de Floresta (PE), Dilma mandou um recado às construtoras que atuam na transposição. "Agora queremos resultados. Nós negociamos, resolvemos os problemas técnicos que havia (com as construtoras). Eu cobro do ministro, o ministro cobra de todos os funcionários do Ministério da Integração e nós todos vamos cobrar de quem está executando --as empresas privadas e o Exército".