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Presidente da Câmara defende corte do ponto de servidores públicos em greve

Daniela Martins

Em Brasília

23/08/2012 14h40

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), defendeu nesta quinta-feira (23) a decisão do governo de cortar o ponto dos servidores públicos em greve.

"Acho que o servidor, como qualquer trabalhador que esteja em greve, ele está em greve, ele rompeu com o seu contrato", disse. "Então, não é justo, em nenhuma paralisação, que essas paralisações se deem com o trabalhador recebendo seu salário na integralidade", declarou.

Maia disse que o desconto nas remunerações dos profissionais em greve, adotado pelo governo na paralisação dos servidores públicos, já ocorre na iniciativa privada.

O presidente da Câmara afirmou ainda que o servidor em greve para fazer reivindicações também deve ter o salário reduzido por não estar trabalhando. "Na iniciativa privada, é assim: você paralisa, você paralisou. Não recebe absolutamente nada. Acho que o mesmo modelo deve servir para os servidores públicos federais, estaduais e municipais", disse Maia.

Dados do Ministério do Planejamento mostram que, no total, o governo deixou de pagar R$ 20,6 milhões em salários em agosto em razão da greve. Mas não foram divulgados quantos dias foram descontados na folha de cada servidor.

O Ministério da Saúde teve o maior contingente de servidores sem receber salário integral em agosto, com 1,6 mil servidores - equivalente a 5,7% do total da força de trabalho da Pasta. O Planejamento informou também que 2,4 mil dos 11,5 mil servidores que tiveram o ponto cortado estão lotados em uma das dez agências reguladoras paralisadas.