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Secretário-geral responderá pelo Itamaraty até chegada de novo ministro

Em Brasília

27/08/2013 10h11

O embaixador Eduardo dos Santos, secretário-geral das Relações Exteriores, responderá interinamente como ministro da pasta, determinou a presidente Dilma Rousseff, em decreto publicado no "Diário Oficial da União" (DOU) desta terça-feira (27).

Novo chanceler brasileiro

  • Nascido em julho de 1955, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado é diplomata de carreira. Antes de se tornar representante permanente das Nações Unidas, ele trabalhava, desde 2011, como subsecretário de Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia no Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

    No ministério, ele já tinha atuado como diretor-geral do Departamento de Ambiente e Assuntos Especiais e chefiou as divisões de Política Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, e Assuntos ligados a Mar, Antártida e Espaço Exterior.

    Figueiredo Machado trabalhou em Nova York (ONU, 1986-1989), Santiago (1989-1992), Washington (1996-1999), Ottawa (1999-2002) e Paris (Unesco, 2003-2005). Ele chefiou a equipe brasileira de negociações por muitos anos nas reuniões internacionais e conferências sobre assuntos relacionados ao meio-ambiente, especialmente aquelas sobre mudanças do clima e biodiversidade.

    Ele é formado em direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

    Em 26 de agosto de 2013, tornou-se o ministro das Relações Exteriores com a saída de Antonio Patriota.

Ele acumulará as duas funções até que Luiz Alberto Figueiredo, atual embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), assuma o posto deixado na segunda-feira à noite por Antônio de Aguiar Patriota.

A demissão dele foi formalizada nesta terça-feira em outro decreto publicado na mesma edição do DOU. Patriota foi exonerado "a pedido" em decorrência da crise diplomática aberta com a Bolívia após o encarregado de negócios da embaixada brasileira em La Paz, Eduardo Saboia, ter trazido o senador boliviano Roger Pinto Molina para o Brasil.

Inimigo político do presidente Evo Morales, cujo governo o acusa de corrupção, o senador estava asilado e confinado na embaixada havia 455 dias.

Numa operação que agora é objeto de sindicância aberta pelo Itamaraty, o diplomata brasileiro providenciou a fuga alegando razões humanitárias, pois, além de outros problemas de saúde, Molina estava em depressão e falando em suicídio.

A nomeação da comissão encarregada da sindicância que apurará os fatos também foi objeto de publicação pelo "Diário Oficial da União".

O corregedor do Serviço Exterior do ministério, Heraldo de Arruda, designou como membros o embaixador Clemente de Lima Baena Soares, a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira e, ainda, Dionísio Carvalhedo Barbosa, auditor fiscal da Receita Federal e assessor especial do ministro da Controladoria Geral da União. O auditor presidirá a comissão.