Extradição é possível, diz ex-advogado de Pizzolato
O advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato, que fez a defesa de Henrique Pizzolato no julgamento do mensalão, afirmou, nesta quarta-feira (5), que existe a possibilidade de seu ex-cliente ser extraditado da Itália para o Brasil. Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, foi preso hoje na cidade de Maranello, segundo informou a Polícia Federal. Ele tem cidadania brasileira e italiana.
"Pelo que está no tratado de extradição, tem a possibilidade. Ambos [Brasil e Itália] podem requerer e deferir ou não [a extradição]", diz Lobato. Segundo ele, se o Brasil pedir a extradição e não for atendido, o tratado também estabelece a chance de Pizzolato ser julgado novamente pelo mensalão.
Lobato foi o responsável por ler publicamente, em 16 de novembro de 2013, uma carta em que Pizzolato dizia ter fugido para a Itália. Quatro dias depois, ele disse ao Valor que não era mais advogado de Pizzolato e que não sabia de seu paradeiro. Mesmo assim, leu o tratado de extradição.
Segundo o advogado, para haver a extradição, o Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou seu ex-cliente, deve acionar o Ministério da Justiça que, por sua vez, precisa solicitar auxílio ao Ministério das Relações Exteriores para fazer o pedido aos italianos.
"Nem sei se já foi feito esse pedido [do STF para o Ministério da Justiça]. Para pedir a extradição, eles tinham que saber onde ele realmente estava. Agora já sabem, talvez com isso possam pedir", afirma o advogado.
Lobato diz não ter planos de oferecer seus serviços novamente ao ex-diretor do BB. "Vou aguardar ele entrar em contato. Se ele entrar, posso conversar e ver como seria possível fixar essa nova relação [de trabalho]."
Pizzolato é o único dos condenados do mensalão que estava foragido desde a decretação das primeiras prisões, em novembro. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão.
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