Deputado critica governo da Itália por ausência na posse de Lula; país é liderado por extrema-direita

O Partido Democrático da Itália criticou nesta segunda-feira a ausência de uma delegação oficial do país na cerimônia de posse do presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Em nota, o deputado Fábio Porta ressaltou que a Itália foi a única nação europeia que não enviou representantes, apesar da enorme comunidade italiana existente no Brasil. O parlamentar também escreveu que a ausência de representação mostra a 'visão míope e limitada' do governo liderado pela primeira-ministra Giorgia Meloni.

Porta concluiu o texto dizendo que 'espera que a Itália recupere em breve a relação estratégica com o maior país da América Latina, onde vivem mais de 35 milhões de descendentes de italianos.'

O país é governado pelo partido pós-fascista 'Irmãos da Itália', que venceu as eleições em setembro de 2022. Esta é a primeira legenda de extrema-direita a conquistar o poder desde a fundação da República, em 1946.

No total, 21 chefes de Estado e de governo e mais de 60 delegações estrangeiras compareceram à cerimônia, maior número já registrado em uma posse presidencial no Brasil.

Entre as autoridades presentes estavam os líderes de Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Honduras e Uruguai, além do rei da Espanha, Felipe VI, do enviado especial da União Europeia, e dos presidentes de Portugal e Alemanha.

A solenidade também recebeu representantes de governos com diferentes orientações políticas, tais como China, Irã, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos.