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Nasa divulga imagens do 'cometa do século'

07/02/2013 12h10

A sonda Deep Impact, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), capturou imagens do cometa Ison, que deve iluminar o céu da Terra até 2014 e poderá ser, devido ao seu brilho, o "cometa do século", de acordo com estudiosos.

A Deep Impact fez as imagens ao se concentrar no cometa em um período de 36 horas nos dias 17 e 18 de janeiro, quando o cometa ainda estava a cerca de 763 milhões de quilômetros do Sol. O corpo celeste deve passar muito perto do Sol em novembro e, acredita-se, poderá ser visto a olho nu com um brilho intenso na Terra, quem sabe até mesmo durante o dia.

O Ison já tem uma cauda de 64 mil quilômetros de extensão, formada por poeira e gases, que ficará visível ao olho nu ainda neste ano, e os cientistas pretendem aproveitar isso para estudar o cometa.

"Esta parece ser a primeira viagem deste cometa para dentro do Sistema Solar, e ele deve passar muito mais perto do Sol do que a maioria dos cometas", afirmou o cientista Tony Farnham, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. "Por isso, nos oferece uma nova oportunidade de ver como a poeira e o gás congelados neste cometa desde o início de nosso Sistema Solar vão mudar e evoluir quando for muito aquecido durante sua primeira passagem perto do Sol."

A sonda Deep Impact foi lançada em 2005 e já conseguiu um feito no estudo de cometas: em sua primeira missão, disparou um projétil que atingiu o cometa Tempel-1 para estudar os destroços liberados com o impacto.

Descoberta

O Ison foi descoberto pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em setembro de 2012. O nome dado foi o da instituição na qual os dois trabalham, a International Scientific Optical Network.

No dia 28 de novembro, ele deve chegar a uma distância não muito maior do que um milhão de quilômetros da superfície da estrela. Se o cometa sobreviver a esta passagem, deve se afastar do Sol ainda mais brilhante do que antes e poderá iluminar os céus da Terra em janeiro de 2014.

No entanto, cometas são imprevisíveis, e o Ison poderá se desintegrar durante a passagem nas proximidades do Sol.