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Arqueólogos peruanos dizem ter achado templo de 5.000 anos

Encontrado no sítio arqueológico de El Paraíso, na região central do Peru, o templo de 5.000 anos tem uma estrutura que seria usada para manter uma fogueira para oferendas cerimoniais - Ministerio de Cultura/AFP
Encontrado no sítio arqueológico de El Paraíso, na região central do Peru, o templo de 5.000 anos tem uma estrutura que seria usada para manter uma fogueira para oferendas cerimoniais Imagem: Ministerio de Cultura/AFP

13/02/2013 11h25

Arqueólogos ligados ao Ministério da Cultura do Peru dizem ter descoberto um templo que poderia ter até 5.000 anos no sítio arqueológico de El Paraíso, perto de Lima.

O templo seria um edifício retangular de 6,82 metros de comprimento e 8,04 metros de largura. Em seu centro, há uma estrutura que seria usada para manter uma fogueira, provavelmente em oferendas cerimoniais, segundo os arqueólogos.

Com dez ruínas, El Paraíso é um dos maiores sítios arqueológicos da região central do Peru.

Os arqueólogos estavam no local para fazer trabalhos de conservação em nome do Ministério da Cultura, quando se depararam com os restos do que seria o antigo templo, composto por areia e pedras escurecidas.

Paredes

As paredes do edifício originalmente teriam tido 2,5 metros de altura e seriam cobertas de argila amarela e tinta. As paredes que sobraram, porém, só têm 70 centímetros.

Segundo os arqueólogos, a descoberta sugere que as comunidades que viviam na região durante a chamada Era Pré-Cerâmica (entre 3500 a.C. e 1800 a.C.) eram mais interconectadas do que se acreditava anteriormente.

"Ela confirma que a região em torno de Lima foi um foco de atividade das civilizações do território andino, o que demonstra sua importância religiosa, econômica e política", disse o vice-ministro da Cultura do Peru, Rafael Varo.

Segundo Marco Guillen, coordenador da equipe de arqueólogos que fez a descoberta, a principal característica da religião dos antigos habitantes do local seria o uso do fogo, que queimava no centro dos seus templos.

"A fumaça era usada pelos sacerdotes para se comunicar com os deuses", diz Guillen.

Acredita-se que o Peru tenha milhares de ruínas não descobertas, o que faria do país um destino preferencial para arqueólogos e também para saqueadores.