Expectativa de vida em SC e no DF, líderes no ranking, é 8 anos maior do que em AL, que tem o pior desempenho
A Síntese de Indicadores Sociais 2010, divulgada nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com dados de 2009, mostra que há uma desigualdade entre as unidades federativas e regiões do Brasil com relação à expectativa de vida. Por exemplo, enquanto em Santa Catarina e no Distrito Federal, unidades que lideram esse indicador, a expectativa é de, em média, 75,8 anos, em Alagoas, que tem o pior desempenho, a expectativa cai para 67,6 anos.
O estudo baseia-se em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 --na qual foram entrevistadas mais de 400 mil pessoas, em 154 mil casas-- e nas pesquisas de Informações Básicas Municipais 2009 e de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009), entre outros levantamentos.
Os cinco Estados nas piores posições em expectativa de vida estão no Nordeste: depois de Alagoas, aparecem o Maranhão (68,4 anos), Pernambuco (69,1), Piauí (69,7) e Paraíba (69,8). Na ponta oposta do ranking, após Santa Catarina e Distrito Federal, estão o Rio Grande do Sul (com expectativa de 75,5 anos), Minas Gerais (75,1) São Paulo (74,8) e Paraná (74,7).
A região em que as pessoas vivem mais é a Sul, com expectativa de vida de 75,2 anos, seguida pelo Sudeste (74,6) e Centro-Oeste (74,3). No Norte, a expectativa é de 72,2 anos e, no Nordeste, de 70,4, aponta o estudo do IBGE.
Apesar das desigualdades regionais persistirem, o IBGE revela que na última década houve um crescimento da expectativa de vida do brasileiro, que saltou de 70 anos, em 1999, para 73,1 anos, em 2009.
Abismo entre os sexos
A pesquisa indica ainda que o abismo entre os sexos em torno da expectativa de vida se aprofundou na última década. Em 1999, a expectativa entre as mulheres era de 73,9 anos e entre os homens de 66,3 anos --ou seja, as mulheres viviam 6,5 anos a mais do que homens.
Dez anos depois, a expectativa subiu 4,1 anos para mulheres, chegando a 77 anos, e cresceu 3,6 anos para os homens, alcançando 69,4 anos --o que revela que, em média, as mulheres vivem hoje 7,6 anos a mais do que os homens, de acordo com o IBGE.
Brasil atrás da América Latina
Embora os dados indiquem uma evolução, a expectativa de vida média no Brasil é menor do que a da América Latina. Segundo estimativas da Divisão de População das Nações Unidas para 2010, citadas no estudo do IBGE, a expectativa na América Latina e no Caribe é de 73,9 anos. O mesmo documento aponta que a expectativa no Brasil é de 72,9 --0,2 anos a menos do que indica a síntese do IBGE.
A maior expectativa de vida do mundo está na América do Norte, com 79,7 anos, seguida pela Oceania (76,8) e Europa (75,6). Os continentes que apresentam os piores indicadores são a Ásia (69,6) e a África (55), segundo a estimativa da ONU.
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