Servidores entram em greve por medo que prédio da Justiça desabe em Belo Horizonte (MG)

Servidores que trabalham no prédio onde funcionam as Varas de Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte (MG) anunciaram a paralisação dos serviços a partir da próxima terça-feira (6) por medo de que o edifício desabe. Segundo o sindicato que representa a categoria, a edificação de 12 andares, que fica no bairro Funcionários, apresenta rachaduras e trincas.

A presidente do Serjusmig (Sindicato dos Servidores da Justiça de 1ª Instância do Estado de Minas Gerais) ressaltou que os 200 trabalhadores querem garantias do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) de que o prédio não corre o risco de ruir.

A dirigente aponta a carga de processos nos andares como um dos fatores de risco à construção. “Esse problema vem se arrastando desde 2009, mas surgiram novas rachaduras e infiltrações no prédio. Além disso, nessa época havia uma carga de 7.000 processos por secretaria. Hoje, temos uma carga de 12 mil processos”, revelou Sandra Silvestrini.

A dirigente disse ter pedido ao TJ uma posição sobre o assunto. “O Tribunal informou que a estrutura não oferece risco de entrar em colapso desde que obedecido o layout de ocupação dos andares, de 2009, preconizado pela secretaria de obras do TJ”, explicou. Esse layout determina a distribuição, entre outras coisas, da disposição das prateleiras que acondicionam os processos.

Entretanto, de acordo com Silvestrini, a resposta não satisfez os servidores que trabalham no local. “Aguardamos repostas mais concretas sobre a segurança dos que trabalham ali, por exemplo, se esse layout pode ser aplicado, em 2012, e com segurança atestada por órgãos competentes. Se a resposta for afirmativa, nós então ficaremos mais tranquilos”, revelou.

Segundo ela, caso o TJ se manifeste sobre o assunto, a pauta será avaliada na terça-feira, quando a categoria planeja cruzar os braços e reunir-se em assembleia para discutir a continuidade da paralisação.

Outro lado

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) limitou-se a afirmar que uma nota será publicada ainda nesta quinta-feira (1º) sobre o assunto.