Retomada do abastecimento será gradual, diz presidente da Petrobras
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou nesta quarta-feira (7), que o problema em função da paralisação dos distribuidores de combustíveis, que começou na segunda-feira (5), contra a restrição de circulação de caminhões vai ser resolvido de forma gradual.
"Nesta madrugada, houve retorno, e tem havido retorno gradativo da movimentação de caminhões-tanqu. Tudo isso leva um tempo, pois a parada foi muito repentina e a volta se dá de acordo com o planejamento". A greve gerou desabastecimento de combustível em São Paulo.
Com relação à possibilidade de defasagem no abastecimento em alguns pontos, a presidente garantiu que não haverá falta de combustível. "Tem havido retorno gradativo. Agora, mas não é um abrir e fechar de valvula. Há toda uma movimentação logistica, para as bases e a entrega dos nossos revendedores", disse.
Sobre as especulações a respeito do aumento do preço nas bombas de gasolina, Foster reiterou que não há justificativa no momento para alteração do valor momento. "O preço do combustível será reajustado num momento que houver justificativa para ser".
Menos de 1% com gasolina
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, menos de 1% dos postos da capital paulista ainda tem gasolina para oferecer aos consumidores. Segundo ele, o estoque de etanol deve acabar até o início da tarde de hoje (7) e o de diesel é suficiente para abastecer os veículos até amanhã (8).
Na noite de ontem (6), a Justiça determinou a suspensão da greve sob pena de aplicação de multa diária de R$ 1 milhão aos sindicatos envolvidos na paralisação. O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) disse que a categoria deve fazer uma assembleia à tarde para definir os rumos do movimento.
O presidente do Sincopetro declarou que, mesmo que o abastecimento volte a ser feito hoje, serão necessários de quatro a cinco dias para que a situação se normalize na capital. “Diante desses fatos, estamos fazendo um apelo ao prefeito Gilberto Kassab para que suspenda a restrição nos próximos dias a fim de acelerar a estabilização do mercado.”
Com escassez, usuário estoca combustível
A Polícia Militar de São Paulo retomou hoje (7) às 9h30 as escoltas a caminhões-tanque que não aderiram à paralisação. Segundo o chefe de comunicação da PM, major Marcel Lacerda Soffner, das 8h de ontem às 8h de hoje, foram realizadas 31 escoltas a 70 caminhões que transportam combustíveis na cidade.
“Hoje de manhã, a situação era de normalidade. Mas com o incidente das 9h30 tivemos de retomar as escoltas, e isso fez com que se retomasse o status de ontem”, disse o major.
Segundo o presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, apenas 70 caminhões que transportam combustíveis saíram das distribuidoras entre durante todo o dia de ontem e na manhã de hoje. Todos tiveram escolta da polícia. Outros caminhoneiros que tentaram sair das bases de distribuição sem escolta foram impedidos pelos grevistas. "Entre 50 milhões e 60 milhões de litros deixaram de ser entregues por dia por causa da paralisação", informou Vaz.
Preços abusivos
Até o final da manhã e início da tarde desta quarta (7), ao menos quatro gerentes de postos haviam sido detidos pelos preços abusivos cobrados nos postos de combustíveis de São Paulo.
A Fundação Procon-SP está recebendo denúncias sobre os abusos e, até o momento, 42 casos foram registrados apenas na capital. O órgão esclarece que, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, é considerada como prática abusiva “elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços”.
*Com informações da Agência Brasil
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