Topo

Advogada afirma à polícia ter sido espancada por deputado que concorreu à Prefeitura de Duque de Caxias (RJ)

Do UOL, no Rio

22/10/2012 11h53

A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar a veracidade de uma acusação de lesão corporal culposa feita pela advogada Christine Calixto, 40, contra o deputado estadual pelo PR e ex-candidato à Prefeitura de Duque de Caxias (cidade da Baixada Fluminense), Samuel Correa da Rocha Júnior, o Samuquinha.

Segundo ela, que se identificou em reportagem do jornal "O Dia" como amante do parlamentar, Samuquinha a teria espancado com requintes de crueldade no dia 13 de outubro, durante um encontro romântico no Iate Clube Jardim Guanabara, na Ilha do Governador, na zona norte da capital fluminense. O deputado nega a acusação e o suposto relacionamento.

De acordo com o titular da delegacia da Ilha do Governador (37ª DP), Deoclécio Francisco de Assis Filho, Samuquinha será indiciado com base na Lei Maria da Penha caso o exame de corpo de delito feito pelo advogada comprove o teor da denúncia. Neste caso, a pena prevista vai de três meses a três anos de prisão.

"Essa será uma investigação como qualquer outra. Nós esperamos o laudo, ouvimos as partes e, se o laudo der positivo, ele será indiciado", explicou o delegado, que informou ainda não ter intimado o deputado estadual para prestar depoimento. "Isso acontecerá em breve", finalizou.

O chefe do gabinete de Samuquinha na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), Antônio Carlos, afirmou ao UOL que o deputado "não conhece essa senhora", e informou ainda que já estão sendo tomadas providências pela representação jurídica do parlamentar no sentido de processar Christine por calúnia e difamação.

Samuquinha é casado e tem duas filhas. Na eleição para a Prefeitura de Duque de Caxias --cidade na qual Alexandre Cardoso (PSB) e Washington Reis (PMDB) disputam o segundo turno--, o representante do Partido Republico ficou em quinto lugar, com 16.880 votos válidos.

Na versão de Samuquinha, a acusação da suposta amante teria sido motivada por questões de natureza política. De acordo com a denunciante, o relacionamento teria começado em julho deste ano, quando o deputado já estava em campanha eleitoral.

"Ele [Samuquinha] colocou uma toalha na minha cabeça, quebrou uma garrafa de vodka na minha cabeça e eu desmaiei. Ele me trouxe de volta, eu levantei e perguntei: 'Samuel, o que está acontecendo? Vamos parar com isso. Quero ir embora'. Eu levantei e ele, não satisfeito, me deu uma rasteira. Caí e bati minha cabeça no chão. Desmaiei novamente. Ele pegou meu sapato alto (...) e deu na minha cabeça", relatou Christine Calixto em vídeo publicado pelo jornal "O Dia".